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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Vitamina A: um grande aliado na
prevenção e combate ao Câncer.
   

Por Marco Antonio Dinoá.

As vitaminas são compostos orgânicos biologicamente ativos, de estrutura química variada e que funcionam como biocatalizadores, essenciais para que o organismo realize reações químicas

imprescindíveis para às funções básicas dos seres vivos, como metabolismo, equilíbrio mineral do organismo e conservação de certas estruturas e tecidos.

As vitaminas só começaram a ser estudadas no início do século XX pelo químico polonês Casimir Funk, que comprovou a importância de tais compostos em 1912. Atualmente, sabe-se que as vitaminas A, C e E, além de importantes para o crescimento e desenvolvimento do organismo, atuam principalmente nas doenças degenerativas, tais como: câncer nos pulmões, cavidade oral, estômago e esôfago.

Nos últimos vinte anos, tem-se documentado na literatura médica a relevante ação do b -caroteno (componente da vitamina A) na redução do risco de câncer. Apesar dos avanços tecnológicos, químicos e biológicos, especialmente na área da engenharia genética, as dificuldades de investigações nesta área são decorrentes de múltiplas etapas, que se sucedem no decorrer de um longo período no processo carcinogênico.

O câncer é uma doença cuja característica principal é o desenvolvimento atípico das células que invadem e destroem tecidos sadios. A palavra vem do latim: câncer, que significa caranguejo, devido à semelhança entre as patas dos crustáceos e os tentáculos do tumor, que se infiltram nos tecidos normais do corpo.

O câncer provoca mais de 4 milhões de mortes por ano em todo o mundo, estudos comprovam que 30% dos casos mundiais da doença ocorrem no pulmão. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCa), depois das doenças do aparelho circulatório, o câncer é a segunda causa de morte, responsável por 94.150 óbitos, em ambos os sexos.

As causas do câncer não estão seguramente estabelecidas, mais existem alguns fatores que potencializam o risco de sua manifestação.Podem ser percebidos visualmente, quando atinge a pele; por exame retal, no caso da próstata; por endoscopia, no estômago, por raio X, exames de sangue e urina; pelo tato, na mama. A hereditariedade relaciona-se com a maior propensão à doença.

Em 1925, Wolbach e Howe descobriram uma possível associação entre vitamina A e câncer. E em 1926, Fujimaki realizou um estudo no qual comprovou que ratos com deficiência de vitamina A desenvolveram câncer estomacal.

Nos últimos anos, a literatura vem demonstrando uma associação cada vez mais freqüente entre baixas taxas de vitamina A e alta incidência de câncer.

Supõe-se que a ação de vitamina A na prevenção e reversão de neoplasias se daria através do retinol, que teria efeito e influência na diferenciação do epitélio celular; inibição e intervenção na ativação do carcinoma; estimulação da atividade imunológica.

As evidências epidemiológicas observacionais disponíveis sobre a relação entre b -caroteno e câncer, descritas na literatura, demonstram uma grande associação entre consumo de frutas e vegetais ricos em carotenóides e risco de câncer, estas evidências sugerem que pessoas que consomem três ou mais porções de frutas e vegetais ricos em carotenóides diariamente, têm menor probabilidade de desenvolver câncer de diferentes tipos, estudos apontam que o b -caroteno seria o fator responsável pelo efeito protetor contra tal doença, associado à ingestão de vegetais verdes e de vitamina A. Existem algumas dúvidas sobre o papel do retinol, já que a maioria das dietas estudadas era constituída de fonte de vitamina A elevando a concentração de b -caroteno no sangue.

Ainda a associação entre vitamina A e câncer, tem gerado uma explosão de interesse nos mecanismos de ação dos retinóides na prevenção e terapia desta doença. Estudos disponíveis podem fornecer evidências de que a decarboxilização de ornitina está presente no crescimento de tecidos normais e neoplásicos. A vitamina A e seus análogos inibem a ornitina decarboxilase induzidos por TPA (tetradecadenol forbol 13-acetato), na forma de papiloma de pele.

Pairam muitas dúvidas sobre o papel da enzima ornitina decarboxilase no controle da diferenciação de células na carcinogênese. Há a necessidade de se investigar diferentes mecanismos de ação através de trabalhos experimentais, a fim de esclarecer a correlação proposta através de estudos em humanos.

A gap junctions é uma membrana estrutural intercelular que conecta células epiteliais adjacentes, tem um papel central na regulação da organização do tecido, coordenação e controle do crescimento. Tem-se notado que muitas gap junctions desaparecem durante a carcinogênese.

Tem-se proposto mecanismos de ação anticarcinogênicos, tais como: fontes de retinóides (retinol e ácidos retinóicos); ações antioxidantes; modulador das gap junctions como regulador da síntese endógena de colesterol. Estes efeitos sugerem que retinóides podem exercer suas atividades antineoplásicas em diferentes mecanismos celulares, tendo sido comprovados in vitro e em alguns casos, em vivo .

 

TRATAMENTO

 

Ainda não se dispõe na rotina terapêutica, normatização do emprego ou indicação da vitamina A na prática médica como tratamento em caso de câncer. Sabe-se que na clínica ginecológica já vem sendo amplamente usada a vitamina A nos tratamentos de tumores benignos de mama. Muitas pesquisas e estudos estão sendo realizados nesse sentido, pois, o conhecimento hoje já autoriza afirmar que baixas taxas de vitamina A são danosas ou mesmo letais ao organismo, bem como, a taxa normal de vitamina A minimiza o risco de câncer.

Contudo, permanece a recomendação dos organismos internacionais para se consumir dietas variadas, ricas em frutas e vegetais, como uma estratégia de prevenção contra o câncer.

Os efeitos da Vitamina A no organismo, sem sombra de dúvidas estão comprovados. Entretanto, sente-se a necessidade de maiores estudos para controle e intervenção mais eficazes das neoplasias no organismo humano, através de um maior entendimento sobre os mecanismos envolvidos na absorção, transporte, distribuição para os tecidos e metabolismo em geral, a fim de elucidar a associação entre a vitamina A e o câncer.

Fonte: Saúde em Movimento

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