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Capacidade visual se forma até os cinco anos de idade
  

A visão de uma pessoa é formada até os cinco anos de idade, o que torna crítica necessidade de se detectar problemas nesse período para aumentar as chances de tratamento, segundo adverte o dr. Sérgio Kniggendorf, do Hospital Oftalmológico de Brasília.
O médico aconselha os pais ficarem atentos aos sinais dados pelo organismo. "Quando a criança tem problemas de visão, alguma coisa dá o sinal", diz.

Não há uma fase específica da vida em que os problemas visuais se manifestam com maior intensidade. Entretanto, se diagnosticados na primeira infância, podem ser resolvidos ou amenizados.

Até os cinco anos de idade o nervo óptico está em desenvolvimento, a criança está aprendendo a enxergar, está montando o que os oftalmologistas chamam de plasticidade do sistema nervoso.

Se, por algum problema ela monta seu campo visual com prejuízos, não há como modificá-lo no futuro.

Por exemplo: uma criança portadora de catarata congênita, não tratada nos primeiros anos de vida, mesmo que mais tarde se submeta a uma cirurgia para substituição do cristalino, não enxergará como um adulto normal que realizou a mesma cirurgia, pois sua base visual é limitada.

Aprender a observar

Felizmente, a maioria dos problemas visuais de maior gravidade são facilmente identificados. O estrabismo pode indicar alguma deficiência visual.

No glaucoma congênito, o globo ocular se apresenta dilatado por causa do aumento da pressão intra-ocular. Quando há catarata congênita, a pupila fica branca.

Um sintoma que também indica baixa acuidade visual, é o movimento involuntário e convulsivo dos globos oculares de um lado para o outro ou de cima para baixo. Chamado de nistagmo, está relacionado à incapacidade dos olhos de manterem o foco visual.

"Todas essas doenças, se detectadas prematuramente podem ser tratadas e seus portadores levar uma vida normal", informa Kniggendorf.

Se durante a gravidez a mãe sofrer alguma infecção, uma toxoplasmose, uma rubéola, ou outra alteração viral, a visão da criança também poderá ser alterada.

Mães soropositivas estão mais sujeitas ao citamegalovírus, vírus comum, com o qual praticamente metade da população já teve contato sem prejuízos maiores, mas que em imunodeprimidos, como os portadores do HIV, gera problemas como a perda da visão.

No geral, os vírus interferem no desenvolvimento e formação da retina ainda no útero, provocando cicatrizes responsáveis pela perda da acuidade visual. Deficiências visuais de menor intensidade como a miopia podem se manifestar por outros meios: crianças com dificuldade em andar ou com problemas de relacionamento pessoal podem, na verdade, estar enxergando mal.

Leitura precoce

Antigamente acreditava-se que a leitura prejudicava a visão, pois as crianças que preferiam ler a realizar outras atividades tinham problemas de visão.

Hoje se sabe que o raciocínio correto é o inverso: a criança míope escolhe ler ou realizar tarefas próximas ao seu corpo, porque tem dificuldade em participar de atividades que requerem um campo visual maior.

No caso da miopia, da hipermetropia, do astigmatismo, o diagnóstico precoce não impedirá seu desenvolvimento, mas permitirá ao portador recuperar a visão total com corretivos (óculos, lentes).

Para o bebê o mundo é o que ele pode tocar. Nessa fase é difícil perceber as disfunções visuais de menor intensidade. Para saber se está tudo bem, Kniggendorf sugere um teste: tampe um dos olhos da criança por alguns segundos e verifique sua reação, repita o procedimento com o outro olho.

Se, durante o teste, a criança permanecer normal, é porque tem a visão é normal. Ao contrário, se ela reclamar, é porque você está cobrindo o olho bom e ela possivelmente não está conseguindo enxergar perfeitamente com o outro.

(Com informações da Agência Brasil)

Fonte: CNN

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