Muita informação para você

Receba nossas reportagens semanalmente por e-mail, você só tem de assinar nosso Jornal Saúde. É de graça.

Nome:
e-mail:

Receba semanalmente as última notícias na área da saúde. É de graça.

Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Pesquisadores norte-americanos procuram alternativas para sangue
  

As doações de sangue nos Estados Unidos aumentaram desde o último dia 11 de setembro, quando os ataques terroristas no World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, em Washington, deixaram milhares de vítimas.
Mas, o nível de doações no país cai cerca de um por cento ao ano, deixando os estoques baixos e levando os pesquisadores a uma constante busca por uma alternativa.

"Queremos encontrar novas maneiras de obter as funções do sangue", disse Franklin Berger, um analista da J.P. Morgan. "O número de pessoas que doam sangue está caindo e, ao mesmo tempo, a demanda está aumentando".

Restrições para doações, incluindo a exclusão de pessoas que viveram na Europa ou viajaram ao continente, por causa do medo do mal da vaca louca, além de crenças religiosas, já haviam levado os pesquisadores a criar outros métodos para suprir as necessidades das transfusões de sangue.

Entre esses métodos estão a reciclagem do próprio sangue do paciente durante uma cirurgia, o uso de técnicas cirúrgicas menos agressivas e um tratamento para aumentar o número de glóbulos vermelhos no sangue antes de uma operação.

O chamado dilatador de plasma também é normalmente utilizado para diluir o sangue do próprio paciente, aumentando seu volume de maneira que o mesmo pode ser reutilizado no caso de perda sangüínea parcial durante uma operação.

Animais como cachorros e babuínos podem viver diversas horas em baixas temperaturas ou em ambientes com alto nível de oxigênio apenas com dilatador de plasma circulando em seus corpos.

"É realmente notável ver esses animais andando e até mesmo bebendo sem sangue no corpo", explicou Paul Segall, chefe executivo da companhia BioTime. "Eles não têm cor, parecem ratos brancos com olhos brancos".

Os dilatadores de plasma da BioTime são feitos de eletrólitos, glicose e outros componentes do sangue, mas não possuem a capacidade de carregar oxigênio.

"Podemos tirar o sangue fora do corpo, colocar uma solução sintética, quase congelar o paciente, operá-lo, voltar a colocar seu sangue e aquecê-lo", disse Segall. "Temos cachorros que viveram vários anos após esse procedimento".

 

Baixas temperaturas diminuem o fluxo de sangue

A hipotermia, ou baixa temperatura, já é uma técnica comum utilizada em cirurgias de cérebro e coração, onde há necessidade de se parar o fluxo sangüíneo.

"Atualmente, os médicos podem diminuir a temperatura de um paciente para até cerca de 15 graus Celsius", disse Segall.

Como os dilatadores de plasma não carregam oxigênio ou coagulam, não se aglomeram e podem ser usados em baixas temperaturas por diversas horas.

Essas soluções também foram usadas para manter animais em câmaras de alta pressão ou com alto nível de oxigênio.

"Temos um grande e coordenado programa com o qual esperamos substituir a utilização de sangue em tratamentos envolvendo militares", disse o dr. James Wright, chefe de Pesquisa de Medicina Hiperbarométrica da Escola de Medicina das Forças Armadas em San Antonio, no Texas.

A equipe de Wright realiza experimentos com dilatadores de plasma juntamente com oxigênio sob pressão.

Segundo Wright, as cirurgias em câmaras de alta pressão foram aprovadas há 20 anos para pacientes com intensa perda de sangue, mas foi apenas nos últimos anos que câmeras portáteis se tornaram disponíveis.

Muitas companhias vêm desenvolvendo e testando sangue artificial em seres humanos.

São produtos que substituem os glóbulos vermelhos, realizando a troca de oxigênio entre os tecidos e órgãos.

Outra vantagem é que esses produtos podem ser armazenados mais facilmente e por mais tempo que o sangue doado, além de ser considerados livre de agentes infecciosos e podem ser utilizados com qualquer tipo de sangue.

No entanto, nenhum deles consegue substituir a coagulação e a capacidade de combater infecções do próprio sangue.

(Com informações da Reuters)

Fonte: CNN

Para voltar, use o botão voltar de seu navegador.