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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

Remédios para emagrecer não fazem milagres, advertem especialistas
  

Absorve. Bloqueia. Queima. Metaboliza. Promessas como essas, feitas em propagandas de remédios para emagrecer, raramente se concretizam sem ajuda adicional, advertiram especialistas nos Estados Unidos ao analisar o crescente uso de produtos para eliminar gorduras.
"Eu não conhece nenhum remédio que absorva gordura", alertou o dr. Arthur Frank, diretor medico de um programa de controle de peso da Universidade George Washington, na capital norte-americana. "Seria interessante dizer que
existe uma droga que age como esponja e que chupa tudo, mas isso não é verdade".

E os remédios para emagrecer que aumentam o metabolismo ou bloqueiam a absorção de gordura também requerem modificação de hábitos alimentares.

Nenhum dos remédios contra obesidade, disponíveis no mercado norte-americano, é particularmente potente, disseram especialistas, acrescentando que essas drogas não funcionariam sem uma redução no consumo de alimentos e de gorduras, combinada com um aumento nos exercícios físicos.

"Esses remédios não podem ser usados exclusivamente; existe uma idéia errada sobre eles", disse Chris Rosenbloom, chefe do departamento de nutrição da Universidade Estadual da Geórgia, em Atlanta.

Então o que leva uma pessoa a gastar entre 50 e 100 dólares por mês (ou mais se o seguro não cobre a prescrição) em pílulas que podem não proporcionar o resultado desejado?

Os remédios para emagrecimento podem ajudar pessoas que são morbidamente obsesas - com mais de 150 quilos - e que são incapazes de fazer o menor exercício físico ou caminhar, devido ao excesso de peso, afirmou Rosenbloom.

"Às vezes a medicação pode ajudar a dar início à perda de peso... ou dá um apoio psicológico quando a pessoa começa a sentir alguma melhora", explica. "A cirurgia para alguém muito gordo é uma outra opção; eu não sou contra nenhuma dessas estratégias".

Para aqueles que optam por uma abordagem farmacológica, os remédios para emagrecimento podem ser divididos em duas categorias - aqueles que impedem a absorção de alguma gordura e aqueles que suprimem o apetite.

A primeira categoria inibe a enzima intestinal que metaboliza a gordura para que esta passe sem digestão. Xenical é um exemplo.

Os supressores de apetite, tais como Meridia, afetam os centros de controle da fome no cérebro.

Mas a fome não é o único acionador da vontade de comer, dizem os especialistas.

"Você tem um monte de poderosas forças que levam a comer", afirmou Frank. "Nossa cultura não usa a comida só para fins nutricionais; a idéia de que comer é meramente um conceito de escolha é uma análise ingênua sobre as razões que levam as pessoas a comer".

A genética e falhas no metabolismo são também fatores de obesidade, acrescentou Frank. Algumas pessoas comem por prazer e, para esses, uma terapia de reestruturação do comportamento pode ser útil na combinação com remédios para emagrecer.

Os efeitos colaterais dos remédios parecem ser mínimos, disseram os médicos. Alguns supressores de apetite podem criar dependência psicológica porque contêm phentermina, uma substância que é quimicamente similar às anfetaminas. Outros podem causar insônia, irritabilidade ou depressão.

Remédios que impedem a absorção de gordura podem causar diarréia, flatulência, dormência e desconforto intestinal.

Em geral, embora os riscos de tomar remédios para emagrecimento sejam mínimos, segundo Frank, "existe muito mais risco com uma obesidade incontrolável".

Fonte: CNN

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