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Reportagens Antigas do Jornal Saúde

ONU alerta: vírus da Aids se alastra pelo mundo em ritmo dramático
  

O HIV, o vírus causador da Aids, continua a se alastrar pelo mundo a uma velocidade dramática, sendo os países do Leste Europeu os mais duramente atingidos. O alerta foi feito pelas Nações Unidas neste sábado, no Dia Mundial contra a Aids. Relatório compilado pela ONU revela que, em todo o mundo, há 40 milhões de crianças e adultos infectados pelo HIV. São quatro milhões de casos a mais do que no ano passado.
Na Rússia, somente até o início de novembro, foram informados 75 mil novos casos de Aids, ou seja, um aumento 1.500 por cento em três anos.

"O HIV está se espalhando rapidamente por toda a região do Leste Europeu", alertou Peter Piot, diretor-executivo do UNAIDS, o programa da ONU para o HIV e a Aids. "É, sem dúvida alguma, a doença mais devastadora que já enfrentamos e a situação só tende a piorar, antes que possamos revertê-la".

Pascal Lamy, chefe de comércio da União Européia, disse que o bloco continental está determinado a fazer tudo o que estiver a seu alcance para garantir que os medicamentos sejam acessíveis a todos os pacientes de Aids e outras doenças letais.

Por sua vez, o ministro da Saúde da Ucrânia, Vitaly Moskalenko, anunciou que os três programas implantados pelo governo entre 1992 e 2000 conseguiram diminuir o ritmo das infecções. E o programa atual, com prazo até 2003, poderá até mesmo conter o alastramento do vírus no país.

A estratégia atual das autoridades ucranianas concentrou-se em medidas de prevenção entre os jovens e no ataque ao estigma que cerca a doença.

Piot, da ONU, elogiou as conquistas da Ucrânia, mas alertou que a situação pode se agravar entre os jovens. A organização estimou que o número de vítimas no país subiu de 110 mil, em 1997, para 240 mil, em 1999.

Por sua vez, a agência cristã World Vision convocou a igreja a adotar uma atitude mais realista quanto ao uso de preservativos, em um esforço para reduzir a disseminação mundial da doença.

Conscientização

Já no Quênia, os médicos estão tentando convencer os homens a contar para suas esposas que são soropositivos, disse o presidente da Associação Médica nacional, dr. James Nyikal.

Entre os 30 milhões de habitantes do Quênia, mais de dois milhões estão infectados com o vírus da Aids. Muitos são homens casados, que têm mais de uma esposa ou mantêm relações sexuais com vários parceiros.

Em diversas regiões da África, passa de 30 por cento o número de mulheres grávidas portadoras do HIV.

Na América Central, a ONU descobriu que a luta contra a Aids encontra obstáculos como leis que tratam o homossexualismo e a prostituição como crimes. É o caso de Trinidad-Tobago.

"Os gays e as prostitutas não têm como fazer exames, ser tratados e passar por campanhas de conscientização, pois as leis estão contra eles", declarou Ruben del Prado, consultor regional do UNAIDS.

No Caribe, à exceção de Cuba, o índice de infecção chega a quase dois por cento - é a segunda maior proporção mundial, depois da África subsaariana. Cerca de 500 mil pessoas convivem com a doença.

Por outro lado, em Cuba, campanhas agressivas de conscientização conseguiram manter os números em baixa, segundo a ONU.

Nos Estados Unidos, o Centro para Prevenção e Controle de Doenças relatou que quase 30 por cento da população de risco nunca fizeram testes de Aids e poderiam estar contaminando outras pessoas sem saber.

O estudo abrangeu mais de 30.000 pessoas em todo o território norte-americano. Da população de risco, 73 por cento afirmaram já ter feito os exames.

Aids entre os heterossexuais

Na Grã-Bretanha, pesquisa realizada pelo Taylor Nelson Sofres Healthcare (TNSH) revelou que 54 por cento dos novos casos de infecção se deram por meio de relações heterossexuais.

No estudo anterior, o uso de drogas intravenosas e as relações homossexuais eram responsáveis pela maioria das infecções.

A pesquisa, intitulada HIVDynamics Monitor, investigou mais de 2.000 pacientes de Aids na França, Alemanha, Itália, Espanha, Grã-Bretanha e Itália. Neste último país, a contaminação através de relações heterossexuais subiu de 28 por cento, no ano passado, para 47 por cento.

Também na Itália e na Espanha, mais da metade (52 por cento) de todas as novas infecções deveram-se a drogas injetáveis.

"O aumento do contato heterossexual como forma de contaminação na Grã-Bretanha e na Itália é especialmente preocupante e pode significar que as últimas campanhas de conscientização fracassaram", avaliou Alan John, diretor do TNSH.

"Se o caso é esse, os governos então terão um papel a cumprir, elaborando novas iniciativas nessa área, especialmente entre os mais jovens", concluiu.

(Com informações da Associated Press)

Fonte: CNN

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