| Nutrição - Ponto de Vista
 Aminoácidos essenciais
 
  
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     | A "regra 
    de ouro" é V-A-R-I-E-D-A-D-E!!
 As proteínas são macronutrientes fundamentais para o crescimento, 
    regeneração e renovação de tecidos (ossos, músculos, pele, cabelos, unhas), 
    produção de hormônios, enzimas e integridade do Sistema Imunológico.
 |  São encontradas, 
principalmente, em alimentos de origem animal (leite, clara de ovo, carnes em 
geral), frutos oleaginosos (amendôas, amendoim, castanhas, nozes), grãos 
(feijões, soja, ervilhas, lentilhas e grão de bico) e sementes (gergelim, 
girassol, linhaça).
 É um macronutriente constituído por cadeias de aminoácidos que tornam-se 
disponíveis após as proteínas passarem pelo processo de digestão.
 
 Para nosso corpo formar suas próprias proteínas são necessários 22 tipos de 
aminoácidos, sendo 10 essenciais (necessitam vir da alimentação) e 12 não 
essenciais (nosso organismo produz).
 
 Em 1991, o método que mede a qualidade das proteínas - PDCAAS (Protein 
Digestibility-Corrected Amino Acid Score) - foi recomendado pela FAO/WHO (Food 
Agriculture Organization/World Health Organization) e adotado pela FDA (Food 
and Drug Administration) na avaliação de todos os alimentos destinados a 
adultos e crianças acima de 1 ano de idade.
 
 De acordo com este método, que classifica a qualidade das proteínas em uma 
escala de 0 a 1, a Proteína da Soja possui um valor mínimo de 0,8, próximo ao 
valor da Carne Bovina, de 0,92, e da Caseína do Ovo (proteína completa), de 1.
 
 Conforme posicionamento da American Dietetic Association (1997), fontes 
variadas e complementares de aminoácidos, ao longo do dia, garantem 
perfeitamente o atendimento das necessidades protéicas de indivíduos saudáveis.
 
 Indivíduos adultos saudáveis e sedentários necessitam de 0,8 a 1,2 g de 
proteínas/Kg de peso corporal/dia.
 
 
  Aviso aos 
Esportistas e "puxadores de ferro" de plantão ;-)) 
 Para praticantes de exercícios de força (musculação) sugere-se um consumo de 1,2 
a 1,7 g de proteínas /Kg de peso corporal/dia.
 
 Esportistas novatos (com hipertrofia intensa) apresentam necessidades protéicas 
maiores (em torno de 1,7g/Kg de peso corporal/dia).
 
 Em contrapartida, quanto mais treinado for o esportista menor será sua 
necessidade protéica, uma vez que menos intensa é a hipertrofia.
 
 Na prática significa que tanto indivíduos saudáveis e sedentários, como 
esportistas novatos e aqueles que estão em treinamento avançado atingem suas 
necessidades protéicas através de uma alimentação equilibrada que atenda, 
principalmente, as necessidades energéticas totais diárias e que forneça de 12 a 
15% desse valor em proteínas, não havendo a necessidade do uso de suplementação.
 
 As sedutoras e caras proteínas de laboratório NÃO SÃO mais eficazes do que a 
orientação e o trabalho de um nutricionista.
 
 É importante lembrar que treinadores prescrevem exercícios e nutricionistas 
prescrevem dietas. O trabalho de um complementa e agrega valor ao trabalho do 
outro.
 
 Segundo o Prof. Dr. Tales de Carvalho, Presidente da Sociedade de Medicina do 
Esporte e Editor da Diretriz sobre Modificações Dietéticas, Reposição Hídrica, 
Suplementos Alimentares e Drogas. Comprovação de Ação Ergogênica e Potenciais 
Riscos para a Saúde:
 
 "Com finalidade ergogênica e estética, no Brasil, tem sido observado um uso 
abusivo de suplementos alimentares e drogas. Trata-se de atitude que tem 
crescido em ambientes de prática de exercícios físicos, tendendo mesmo à 
generalização em algumas academias de ginástica e associações 
esportivas.Trata-se muitas vezes de um comércio ilegal, sem controle dos setores 
da vigilância sanitária, funcionando no próprio ambiente de prática de 
exercícios e contando com a participação, direta ou indireta, de profissionais 
responsáveis pelas sessões de exercícios físicos. A regra, nestas 
circunstâncias, é a inexistência de prescrição médica e/ou orientação de 
nutricionista com formação em ciência do esporte, que são os profissionais 
qualificados para atuarem neste contexto. Algo que deveria ser cogitado somente 
excepcionalmente tem sido utilizado por indivíduos para os quais não há nenhuma 
indicação de uso. Esta prática, mesmo quando conta com a atuação de 
profissionais da medicina e da nutrição, muitas vezes é adotada sem uma base 
sólida de conhecimentos, portanto, de forma empírica. Existe, em geral, falta de 
comprovação científica que justifique a ação proposta. A situação em parte, 
decorre da falta do conhecimento de que uma alimentação balanceada e de 
qualidade, a não ser em situações especiais, atende às necessidades nutricionais 
de um praticante de exercícios físicos, inclusive de atletas de nível 
competitivo, o que dispensaria o uso de suplementos alimentares."
 "As informações fornecidas não 
são individualizadas. Portanto, o nutricionista deve ser consultado antes de se 
iniciar um tratamento e/ou acompanhamento nutricional."
 
 Marília Fernandes
 CRN 
1693
 fernandesmarilia@uol.com.br
 Pós Graduada em administração hoteleira pelo 
SENACPós Graduada em nutrição e saúde pública pela EPM/UNIFESP
 Aperfeiçoamento em nutrição esportiva pelo CEMAFE/EPM/UNIFESP e Escola de 
Educação Física da USP
 Aperfeiçoamento em gerontologia pelo Sedes
 Consultora nutricional pessoal e empresarial nas áreas de tratamento e prevenção 
de patologias, educação alimentar, estética, esportes, nutracêutica, nutrição 
biomolecular, saúde ocupacional, qualidade de vida e bem estar.
 19 anos de experiência em nutrição, qualidade de vida e promoção da saúde em 
empresas.
 
 Referências bibliográficas: 
 MAHAN, K. - Alimentos, Nutrição e 
Dietoterapia. 8ª ed. São Paulo: Manole, 1995.
 
 SARWAR G.; MC DONOUGH FE - Evaluation of protein digestibility-corrected amino 
acid score method for assessing protein quality of foods. J Assoc Off Anal Chem. 
1990 May-Jun;73(3):347-56.
 
 CUPPARI, L. - Nutrição clínica no adulto. Guias de Medicina Ambulatorial e 
Hospitalar. UNIFESPE/Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Manole, 2002.
 
 TARNOPOLSKY, M. A. et al. - Evaluation of protein requirements for trained 
strength athlets. J. Appl. Physiol. v. 73, n. 5. p. 1986-1995. 1992.
 
 HICKISON, J. F.; WOLINSKY, I. - Tendências das Pesquisas em nutrição protéica 
para atletas. In: WOLINSKY, I.; HICKSON, J. F. Nutrição no exercício e no 
esporte. 2ª ed. São Paulo: Roca, 1996. 548p. p. 91-32.
 
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE MEDICINA DO ESPORTE - Diretriz sobre Modificações 
Dietéticas, Reposição Hídrica, Suplementos Alimentares e Drogas. Comprovação de 
Ação Ergogênica e Potenciais Riscos para a Saúde.
http://www.gssi.com.br/publicacoes/Artigo/pdf/Artigos_Diretriz_da_SBME.pdf
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