Medida Indireta
da Pressão Arterial
III
Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial
Sociedade Brasileira de
Hipertensão, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Nefrologia A medida da pressão arterial, pela sua importância, deve ser
estimulada e realizada, em toda avaliação de saúde, por médicos de todas as
especialidades e demais profissionais de saúde.
O esfigmomanômetro de coluna de mercúrio é o ideal para
essas medidas. Os aparelhos do tipo aneróide, quando usados, devem ser devidamente
testados e devidamente calibrados. A medida da pressão arterial deve ser realizada na
posição sentada, de acordo com o procedimento descrito a seguir: |

(Esfigmomanômetro)
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Explicar o procedimento ao paciente. Certificar-se de que o paciente
não está com a bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas
alcoólicas, café, alimentos, ou fumou até 30 min antes da medida.
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Deixar o
paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável.
Localizar a artéria
braquial por palpação.
Colocar o manguito
firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de
borracha sobre a artéria braquial. A largura da bolsa de borracha do manguito deve
corresponder a 40% da circunferência do braço e seu comprimento, envolver pelo menor 80%
do braço. Assim, a largura do manguito a ser utilizado estará na dependência da
circunferência do braço do paciente.

(Esfigmomanômetro)
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Manter o
braço do paciente na altura do coração. Posicionar os olhos no mesmo
nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide.
Palpar o pulso radial e
inflar o manguito até seu desaparecimento,
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para a estimativa do nível da
pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar
novamente. |
Colocar
o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para frente.
Posicionar a campânula
do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando a
compressão excessiva.
Solicitar ao paciente
que não fale durante o procedimento de medição.
Inflar rapidamente, de
10 mmHg em 10 mmHg até o nível estimado da pressão arterial.
Proceder à deflação,
com velocidade constante inicial de 2 mmHg a 4 mmHg por segundo, evitando congestão
venosa e desconforto para o paciente.
Determinar
a pressão sistólica no momento da aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff),
que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. Determinar a pressão
diastólica no desaparecimento do som
(Fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30
mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois proceder a
deflação completa. Quando os batimentos persistirem até o nível zero,
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(Esfigmomanômetro digital)
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determinar a pressão diastólica
no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).
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Registar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando
com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a
mensuração. Deverá ser registrado |

(Estetoscópio)
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sempre o valor da
pressão obtido na escala do manômetro, que varia de 2 em 2 mmHg, evitando-se
arredondamentos e valores de pressão terminando em 5. Esperar 1 a 2 minutos antes de
realizar novas medidas.
O paciente deve ser
informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de
acompanhamento.
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