IBGE: 40% dos postos de trabalhos médicos estão concentrados nas capitais
 
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A Pesquisa de Assistência Médico-Sanitária (AMS) 2009, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que a oferta de postos de trabalho de nível superior cresceu 26,9% entre 2005 e 2009 (de 870,4 mil para 1,1 milhão). Esse aumento foi mais acentuado no Norte (42% no período). Nas demais regiões, o crescimento ficou entre 21,8% e 28,3%.

Em 2009, os médicos eram os profissionais em maior número dentre aqueles com nível superior: 57,6% (636 mil). Os enfermeiros vieram em seguida, com 14,8% (163 mil). Do total dos postos de trabalho de nível superior, 51,4% eram ofertados no Sudeste, seguido pelo Nordeste (21,4%), Sul (15,2%), Centro-Oeste (7,0%) e Norte (5,0%). A distribuição dos postos médicos segue a mesma ordem: Sudeste (54,2%), Nordeste (19,4%), Sul (15,0%), Centro-Oeste (6,7%) e Norte (4,6%).

Ao se analisar a distribuição dos postos trabalho médicos por mil habitantes em 2009, o Sudeste permanece liderando (4,3 postos de trabalho por mil habitantes), seguido por Sul (3,4), Centro-Oeste (3,1), Nordeste (2,3) e Norte (1,9). A média nacional ficou em 3,3.

O número de vagas não acompanhava a distribuição da população: as capitais, que contavam com 23,7% da população em 2009, concentravam 40,2% dos postos médicos (5,6 postos médicos por mil habitantes nas capitais e 2,6 nos demais municípios). Em 2005, a relação era de 5,1 por mil habitantes em capitais e 2,2 nos outros municípios. A concentração em capitais em 2009 era mais significativa na região Sul (7,8 por mil contra 2,8 por mil nos demais municípios).

Os médicos atuando em estabelecimentos de saúde concentravam-se em dez áreas de atuação: clínico geral (16,7%), pediatra (10,0%), gineco-obstetra (9,5%), médico de saúde da família (6,3%), cirurgião geral (5,8%), ortopedista (5,5%), cardiologista (5,2%), anestesista (4,3%), radiologista (3,7%) e oftalmologista (3,3%).

O setor privado participava com 55,7% dos postos de trabalho médico, contra 44,3% do público. Desde 1999, a área privada oferece a maioria destes postos de trabalho, com destaque para Sudeste (58,5%), Sul (64,3%) e Centro-Oeste (54,7%). Já os empregos públicos eram maioria no Norte (62,2%) e Nordeste (54,1%).

Entre os postos de trabalho de nível técnico/auxiliar por ocupação, a predominância era da subárea de enfermagem, com 72,9% (35,7% auxiliares e 37,2% técnicos de enfermagem) – pouco abaixo do resultado de 2005 (74,9%, com 53,4% auxiliares e 21,5% técnicos de enfermagem). Houve melhoria na qualificação das equipes de enfermagem, crescimento de 101,1% dos postos de trabalho dos técnicos e diminuição de 21,0% dos postos de auxiliares.

Fonte: IBGE

 

 
 
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