Gestantes com HIV são suscetíveis ao papilomavírus e à clamídia
 
De acordo com estudo publicado no periódico do SUS Epidemiologia e Serviços de Saúde, as infecções por HPV e por clamídia são mais frequentes, entre gestantes, nas pacientes portadoras do HIV, que por consequencia podem ser consideradas um grupo de risco para o câncer cervical. A pesquisa é da autoria de Virgínia Ribes Brandão, do Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade Federal de Pernambuco, e colegas, e foi disponibilizada na primeira edição de 2010 da revista.

Segundo as autoras, para colheita de dados, foi realizado um levantamento que contou com 96 gestantes (51 HIV positivas e 45 HIV negativas) atendidas no Centro de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), maternidade localizada em Recife, Pernambuco, entre abril de 2006 e maio de 2007. As gestantes que aceitaram participar do estudo foram submetidas a questionários padronizados e exames ginecológicos.

Os autores revelam, entre os resultados do levantamento, que das gestantes HIV positivas, 62,7% foram positivas para o exame de HPV, e 17,6% foram positivas para clamidiose. Entre as pacientes HIV negativas, os números foram de 17,8% positivas para o teste de HPV, e de 4,4% para o teste que faz a detecção de Chlamydia trachomatis. Isso, segundo eles, significa que o grupo das gestantes HIV positivas representa "uma população de maior risco para o desenvolvimento de câncer cervical".

Na opinião de Virgínia e colegas, os resultados do levantamento apontam que ocorre uma alta frequência de infecção pelo HPV tanto no grupo das gestantes HIV positivas quanto negativas. Mesmo assim, para eles, devido à exposição das pacientes com HIV a Chlamydia trachomatis, existe uma necessidade de acompanhamento do grupo para prevenção de casos do câncer cervical.

Fonte: Saúde em Movimento / Notisa
 

 
 
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