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Pacientes fibromiálgicos desconhecem a doença e não buscam tratamento. |
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Dores musculares difusas (pelo corpo todo) e crônicas (recorrente há mais de três meses), distúrbios do sono, fadiga, ansiedade, depressão e problemas gastrointestinais. Esses são alguns sintomas de uma doença que é pouco conhecida da população mas que pode acarretar graves conseqüências para a qualidade de vida do paciente: a fibromialgia. Estudo da Faculdade de Medicina (FM), da USP realizado no município de Embu das Artes, em São Paulo, revelou que 24% da população estava propensa a desenvolver a fibromialgia mas nenhum paciente tinha conhecimento sobre a doença. “Essas pessoas vivem mal e existem em uma quantidade consideravelmente grande, sem saber procurar tratamento adequado”, comenta uma das autoras da pesquisa, a fisioterapeuta Cristina Capela. A pesquisadora ressalta que os “fibromiálgicos” e “pré-fibromiálgicos” (que podem desenvolver a doença) muitas vezes vêem seu quadro se agravar por falta de informação, ocasionando uma vida cada vez mais difícil devido às dores difusas e crônicas e ao freqüente quadro depressivo que normalmente é tratado com terapia medicamentosa. Apesar de ser uma doença cujas causas ainda são desconhecidas, é possível amenizar os sintomas com exercícios aeróbicos, alongamentos, massoterapia, acunpuntura, hidroterapia, laserterapia, entre outros recursos. No entanto, o primeiro passo é identificar o problema. “As pessoas tendem a tratar cada problema de maneira isolada. Por exemplo, vão ao ortopedista dizer que têm dor na perna. Aí vão ao psicólogo tratar a depressão. Depois passam pelo cardiologista para falar que o coração não está bom. Cada queixa será tratada com um remédio diferente, sendo que todos esses sintomas juntos são facilmente identificados pelo reumatologista como um quadro de Síndrome da Fibromialgia e, dessa forma, o paciente poderia ser encaminhado para tratamentos que amenizem os sintomas”, enfatiza Cristina.
Perguntas Na primeira etapa da pesquisa, por telefone, os pacientes diziam onde sentiam dor, há quanto tempo isso os incomodava e respondiam sobre a presença dos sintomas da doença. Depois, no exame físico, foram testados os 18 “pontos dolorosos”, ou seja, foi aplicada uma certa pressão sobre as regiões “com dor”. Se existissem pelo menos 11 pontos específicos em que a pressão não fosse suportável e, além disso, se apresentassem fadiga, distúrbio do sono, ansiedade e depressão, então ele era diagnosticado como fibromiálgico.
Projeto
Texto: Naila Okita |
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