|
|||
Demência: estresse do cuidador é a principal causa de internação de idoso. |
|||
Quem já cuidou de algum parente com demência sabe que a doença provoca situações delicadas. Não é raro que pessoas com esse tipo de problema saiam para passear e não consigam voltar para casa; esqueçam acontecimentos recentes ou se tornem incapazes de realizar tarefas simples, como tomar banho e trocar de roupas. Contudo, a maioria das internações não é causada pela piora do quadro do paciente, mas pelo elevado estresse que atinge a pessoa responsável pelos cuidados. Segundo a pesquisadora, há uma seqüência de circunstâncias que influencia a relação paciente-cuidador. Inicialmente, ao receber o diagnóstico, a família tem esperança de que o paciente vai se recuperar. Conclui que não se sente preparada para cuidar do doente e acaba optando pela internação. "O ideal é que o paciente fique junto à família, aos objetos que recordam sua história, que receba carinho e atenção", argumenta a enfermeira. Um dos objetivos de seu estudo foi justamente tentar evitar a internação indiscriminada dos doentes, uma vez que o contato familiar é fundamental no tratamento do transtorno, segundo ela. Na opinião da enfermeira, a melhor maneira de minimizar o estresse das famílias e melhorar as condições de vida do paciente é oferecer a eles informações que ajudem a enfrentar a doença. Para isso, há diversas organizações de apoio como a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), onde existem as reuniões com profissionais voluntários e dispostos a ajudar. Há também o Programa de Educação em Demência da UNIFESP, entre outros grupos de ajuda. Ceres também defende a idéia de que muitos problemas dos pacientes podem ser resolvidos se os parentes estiverem dispostos a lhes dar atenção. Problemas de saúde como infecções urinárias, desidratação ou a simples presença de um cuidador do sexo oposto, diz ela, podem gerar muito desconforto aos pacientes e provocar mudanças em seu comportamento. Na avaliação do chefe do setor de Neurologia do Comportamento da UNIFESP e orientador do estudo Paulo Bertolucci, a melhor maneira de impedir a progressão do distúrbio é estabelecer uma rotina para o paciente e incentivar que ele faça o que ainda é capaz de fazer. "É muito mais fácil realizar pela pessoa do que estimular, mas incentivar a autonomia pode ajudar muito no tratamento da demência", diz o médico. Fonte: UNIFESP |
|||
|
|||
Para imprimir, utilize a opção de impressão do seu navegador |
|||
|