Viagra reduz malefícios das grandes altitudes.
 

O professor Jean-Paul Richalet, especialista em Medicina de altitude, realizou uma pesquisa utilizando sildenafil, princípio ativo do Viagra, em doze voluntários, durante oito dias, no laboratório mais alto do mundo, localizado na região de Mont-Blanc (4.350 m), nos Alpes.

A análise inicial dos dados comprova que o uso do sildenafil em grandes altitudes diminui a hipertensão arterial pulmonar, o que contribui para melhorar a circulação do sangue nos pulmões, aumentar o desempenho físico e minimizar os sintomas da hipoxia, ou falta de oxigênio.

A permanência prolongada em regiões onde o oxigênio é escasso provoca alterações no organismo que se manifestam por meio de sintomas como enxaquecas, insônias, náuseas, perda de apetite, entre outros. Em alguns casos mais graves, as pessoas podem até mesmo desenvolver um edema pulmonar ou cerebral.

Apesar dos resultados apresentados por Jean-Paul Richalet, que nos últimos vinte anos desenvolveu 15 campanhas científicas, estudos mais profundos ainda serão necessários para esclarecer os reais efeitos do uso do sildenafil nas alturas. Até lá, a substância e todas as drogas que delam derivam, como o Viagra, devem continuar a ser utilizadas somente no combate à impotência sexual. A reportagem foi publicada esta semana no Le Monde.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento

 

 
 
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