Mulheres que compram demais devem ser tratadas com antidepressivos
 

O título acima não é nenhuma afirmação machista e têm embasamento científico. A compulsão por comprar deve ser tratada com antidepressivos, segundo a conceituada equipe de cientistas do Centro Médico da Universidade de Stanford, na Califórnia.

Para serem admitidas na pesquisa as voluntárias precisaram assumir que sofriam do mal há pelo menos dez anos.  E elas o fizeram. O grupo responsável por selecionar as pacientes ouviu coisas do tipo: "Tenho mais de dois mil alicates" ou "Comprei 55 máquinas fotográficas".

No estudo, 24 voluntárias receberam comprimidos do antidepressivo citalopram durante dois meses. Na segunda fase, durante mais dois meses, 16 receberam o mesmo remédio e 8 tomaram placebo.

O resultado é que no grupo das pessoas tratadas com placebo, mais da metade tiveram recaídas. E os que tomaram antidepressivos, não compraram excessivamente, só o necessário. O que comprova que a recíproca é verdadeira, mulheres com compulsão por consumir devem se tratar. Não só com medicação, pois é bom lembrar que o tratamento deve ter um forte acompanhamento psicológico, para que com o tempo, a ingestão de medicação seja cortada gradualmente, até que o paciente não precise mais dela. Caso o contrário, os antidepressivos podem só substituir um vício pelo outro, como acontece com a metadona utilizada no tratamento de heroína, mas que também vicia.

"A compulsão é uma doença e têm de ser tratada como tal, ela arrasa a vida dessas mulheres, os relatos são impressionantes, sobre ruína financeira e pessoal", afirmou o porta-voz do Centro Médico em coletiva com a imprensa. O estudo foi publicado na Revista de Psiquiatria Clínica e na maioria dos jornais e revistas do mundo. Questão de utilidade pública.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento

 

 
 
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