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Aborto induzido ocorre em mais de 2% das gestações no Brasil
   

De acordo com pesquisa publicada na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, o aborto pode ocorrer em até 2,4% das gestações no Brasil, o que indica uma necessidade de ações educativas e medidas que favoreçam os métodos anticoncepcionais. O trabalho é da autoria de José Guilherme Cecatti, pesquisador e Professor Titular de Obstetrícia do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e colegas, e foi disponibilizado na edição de março de 2010 do periódico.

Os autores explicam que para colheita de dados foi realizada uma análise secundária da base de dados da Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde (PNDS) de 1996. O plano de amostragem da PNDS-96 utilizou, segundo eles, o marco amostral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1995, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sete regiões: Rio de Janeiro, São Paulo, Centro-Leste (Minas Gerais e Espírito Santo), Sul, Nordeste, Norte (área urbana) e Centro-Oeste. Os indivíduos incluídos no estudo foram agrupados em dois grupos: os de residência em área rural e os habitantes de regiões urbanas.

Entre os resultados da análise, os pesquisadores revelam que a freqüência do aborto espontâneo "foi de 14%, e do induzido foi de 2,4% para todo o Brasil. O estado com maior prevalência de aborto induzido foi o Rio de Janeiro com 6,5%, seguido pela região Nordeste, com 3,1%. Os locais com menor prevalência foram o estado de São Paulo e a região Sul". Eles acrescentam que tanto para o aborto espontâneo como para o induzido, a freqüência "aumenta com a idade da mulher. Ser da região urbana (OR=1,5; IC95%=1,0-2,3), ter tido mais de um filho vivo (OR=2,2; IC95%=1,5-3,2), e não ser de cor/raça branca (OR=1,4; IC95%=1,0-1,8) foram os principais fatores de risco para o aborto induzido".

Os especialistas ainda indicam que "A prevalência do aborto provocado ou induzido não é conhecida com exatidão. O motivo que leva as mulheres a omitir a informação sobre ter induzido o aborto não é exatamente apenas preocupação com a questão da ilegalidade do ato em si, mas também questões emocionais e psicológicas envolvida. Nesse estudo, 2,4% das entrevistadas relataram pelo menos um aborto provocado/induzido, o que corresponde à prevalência de 24 abortos por 1.000 mulheres, concordando com a prevalência relatada por outros estudos, porém divergindo dos dados relatados para o Brasil de 8,1 abortos/1.000 mulheres em 1991", e que "não ter escolaridade foi um fator importante associado à indução do aborto, concordando com outro estudo que constatou maior risco para aborto induzido entre mulheres com até quatro anos de escolaridade. Certamente, condições socioeconômicas desfavoráveis devem se relacionar com dificuldades para o acesso às informações e aos métodos contraceptivos adequados". Eles alertam: "os fatores de risco não-modificáveis para o aborto induzido identificados neste estudo apontam para a necessidade de ações educativas e anticonceptivas priorizadas para esses grupos demográficos específicos".

Fonte: Saúde em Movimento / Notisa
Publicado em: 27/08/2010

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