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Pesquisa da Unicamp sobre técnica cirúrgica é premiada na Polônia.
   

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Um estudo de Iniciação Científica realizado junto à Disciplina de Moléstias do Aparelho Digestivo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) recebeu, em junho último, premiação no 8º Congresso Internacional de Câncer Gástrico, realizado em Krakovia, na Polônia. Dos 143 trabalhos inscritos de vários países do mundo, apenas três mereceram uma medalha de mérito. O chefe do Departamento de Cirurgia e da Disciplina de Moléstias do Aparelho Digestivo, professor Nelson Adami Andreollo,  recebeu o prêmio durante a cerimônia de encerramento do Congresso. Segundo ele, o estudo foi bem-aceito e elogiado pela comissão, que ficou impressionada com os resultados alcançados a partir de uma técnica relativamente simples e, ao mesmo tempo, inovadora.

A pesquisa feita pela aluna do sexto ano de Medicina Danielle Cesconetto, orientada pelo professor Luiz Roberto Lopes e co-orientada pelo professor Antonio Fernando Ribeiro, do Departamento de Pediatria, contempla a análise do pós-operatório de 43 pacientes adultos submetidos à gastrectomia, ou seja, retirada total do estômago com duas técnicas diferentes – a Y-Roux e a Rosanov modificada. Em geral, esses procedimentos são adotados em pacientes com tumor maligno no estômago e que necessitam passar pela cirurgia.

As sequelas no pós-cirúrgico, principalmente nos pacientes submetidos à técnica Y-Roux, são severas do ponto de vista clínico, pois os pacientes tendem a sofrer alterações no processo digestivo. “A operação causa desconforto e altera a fisiologia interna do doente. As principais consequências são diarréia e o aumento das evacuações que, por sua vez, resultam em um quadro de anemia. Dificilmente, o paciente ganha peso por conta da má absorção das gorduras, aminoácidos e proteínas”, esclarece o gastro-cirurgião.

Das duas técnicas adotadas pela equipe de Andreollo, a Rosanov modificada foi a que apresentou melhores resultados em termos de sintomas clínicos ao longo dos anos, embora a Y-Roux seja a mais conhecida e tradicionalmente utilizada nos grandes centros cirúrgicos mundiais. A Rosanov foi adotada no HC da Unicamp em 1989 e, desde então, já passaram por esta cirurgia mais de 60 pacientes. “A pequena modificação realizada não requer procedimentos complexos que aumentem a permanência do paciente na mesa de cirurgia, mas consegue preservar o duodeno no trânsito intestinal, o que faz a diferença na passagem do alimento”, explica Andreollo.

A partir do estudo de Danielle Cesconetto, realizado em 2008 com financiamento da Fapesp, ficou comprovada a eficácia da técnica Rosanov modificada. Pelos resultados, apenas um paciente submetido a esta cirurgia apresentou quadro de anemia, ao contrário dos pacientes submetidos à técnica Y-Roux, em que mais da metade acusou índices acima de referência para anemia. Ainda na comparação entre as duas técnicas, dos 11 doentes que passaram pela Rosanov, sete pacientes não tiveram perda de gordura, enquanto que dos submetidos a Y-Roux, mais da metade apresentou volumes de gordura nas fezes acima do normal.

Os dados indicam as principais vantagens da técnica desenvolvida na Rússia. Como metodologia, Danielle colheu amostra de fezes e utilizou o teste esteatócrito já adotado no HC para pacientes na faixa pediátrica. Consiste basicamente em avaliar e dosar a proporção de gordura nas fezes. “Embora tecnicamente seja um método complexo, ele diminuiu a dificuldade com outro método de análise e possibilita extrair os dados de uma única amostra”, explica Danielle.

Além da análise entre os pacientes submetidos às duas técnicas, a estudante montou ainda um grupo controle com pessoas sadias. A técnica de Rosanov, também neste caso, obteve resultado semelhante ao grupo controle normal. “Não há dúvidas de que a preservação do duodeno no trânsito intestinal melhora a mistura dos alimentos com as enzimas, evita o supercrescimento bacteriano, aumenta o tempo de trânsito diminuindo a ocorrência de dumping, mantém o estímulo hormonal para o pâncreas e utiliza toda superfície absortiva possível do intestino”, conclui.

Texto: Raquel do Carmo Santos
Fonte: Jornal da Unicamp

Publicado em: 07/08/2009

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