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Adolescentes exageram no consumo de alimentos ricos em gordura e açúcar.
   

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As cantinas sempre lotadas na hora do intervalo nas escolas não deixam dúvidas. Adolescentes adoram salgadinhos, refrigerantes e outras besteiras encontradas nesses lugares. Mas qual é, exatamente, o perfil nutricional desses estudantes? Responder a essa pergunta foi o intuito de uma pesquisa recente feita por duas estudantes do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB), sob a orientação da professora Kênia Baiocchi do Departamento de Nutrição. O estudo foi realizado com 49 alunas entre 14 e 17 anos de duas escolas da Asa Norte e duas de Taguatinga.

Segundo a aluna da graduação Raquel Costa Ferreira, o estudo demonstrou um consumo acentuado de alimentos ricos em gorduras e açúcares. Mais de 85% delas relataram ingerir balas, chicletes, pirulitos e similares entre cinco a sete vezes por semana. “Balas são açúcar simples, são pobres em nutrientes. Sem contar que estão relacionadas a cáries e outros problemas de saúde bucal” explica.

De duas a quatro vezes por semana, mais de 53% das alunas comem salgados assados e fritos, 51% ingerem chocolate e 46,9% bebem refrigerante. Quando a freqüência é analisada entre cinco a sete vezes por semana, 30% relatam comer salgados; 30%, chocolates; e 32% bebem refrigerantes. “Esse consumo é negativo porque esses alimentos são pobres em vitaminas e fibras. O ideal é que os lanches fossem mais a base de cereais e frutas”, afirma.

A alimentação desregrada, associada, entre outros fatores, à baixa atividade física, não poderia ter outro resultado. Cerca de 37% das estudantes apresentaram excesso de gordura corporal e 12% estavam em risco de sobrepeso. “A permanência do sobrepeso e da obesidade nos adolescentes pode futuramente aumentar o risco para doenças do coração, excesso de colesterol e favorecer o aparecimento de diabete melitus” alerta.

Em meio a estatísticas que demonstraram uma alimentação ruim, um dado chamou a atenção das estudantes. Mais da metade da amostra afirmou consumir mais de três unidades de frutas e hortaliças por dia, considerado ideal. Apesar dessa ser uma boa notícia, a quantidade de fibras ficou abaixo do esperado quando analisada a alimentação do dia anterior, contradizendo as expectativas.

Para a professora Kênia Maria de Carvalho, que orientou o trabalho, esse é um dado que merece ser analisado mais a fundo. Novos levantamentos poderiam confirmar a real ingestão de frutas, denotando preocupação com a saúde e a estética pelas mulheres na adolescência.

Reeducação Alimentar

Embora o objetivo da pesquisa tenha sido desenhar um perfil do consumo, Raquel explica que os dados podem ser utilizados para atividades de conscientização e de promoção de uma alimentação saudável entre os adolescentes, familiares e donos de cantina. Um exemplo? “Incentivar o consumo da fruta em vez do suco, e preferir o suco natural ao refresco; trocar o salgado frito pelo assado sempre que possível”, enumera.

Para Raquel, a educação nutricional nessa faixa etária é muito importante para que as adolescentes passem a ter escolhas mais saudáveis. De acordo com a estudante, as alunas não precisam cortar totalmente refrigerantes, balas e chocolates. “Seria ideal que elas consumissem de uma a duas vezes por semana e procurassem, sempre que possível, substituir um doce por uma fruta”. O fato de as alunas apresentarem boas condições socioeconômicas, favorece o acesso aos alimentos mais saudáveis.

Kênia diz que pela resistência natural de adolescentes a mudanças, a melhor estratégia não é proibir ”mas trabalhar na negociação para acrescentar alimentos saudáveis e, quem sabe, assim os salgadinhos vão perdendo status, porque os outros vão ganhando”.

Embora a amostra tenha sido composta apenas de mulheres por uma questão metodológica, as recomendações não eximem os garotos. “A preocupação com relação aos hábitos envolve meninos e meninas”, explica Kênia.

O estudo gerou um pôster apresentado no Congresso de Iniciação Científica ocorrido no início de outubro na UnB. As pesquisas foram realizadas durante novembro de 2006 e junho deste ano.

Fonte: Secretaria de Comunicação da UnB

Publicado em: 01/08/2008

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