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Redução de 40% das ondas de calor ocorre mesmo com o consumo de pães sem fitoestrógenos.
   

Testes realizados com 38 mulheres na pós-menopausa mostraram que tanto o consumo de pães feitos com farinha de linhaça, rica no fitoestrógeno lignana, quanto o consumo de pães comuns reduziram significamente as ondas de calor, um dos sintomas da menopausa que mais afeta a qualidade de vida.

Os fitoestrógenos, principalmente a isoflavona presente na soja, vêm sendo prometidos como capazes de reduzir esse sintoma, pois possuem uma estrutura semelhante à do hormônio estrogênio, cujas concentrações caem quando ocorre a menopausa. Entretanto, "os resultados ainda não são conclusivos", afirma a engenheira de alimentos Renée Simbalista.

Em seu doutorado, realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, Renée avaliou os efeitos do consumo de farinha de linhaça sobre os sintomas climatéricos de mulheres na pós-menopausa. Apesar de ter conseguido reduzir em 40% a ocorrência desse sintoma menopausal, a pesquisadora mostrou que não há diferenças significativas entre o resultado com pão de linhaça e "pão-placebo", ou seja, feito apenas com farinha de trigo, sem fitoestrógenos na sua composição.

"Alguns estudos com a isoflavona não utilizaram grupo placebo", aponta a engenheira de alimentos. "Esse trabalho confirma a importância de estudos controlados com placebo para se verificar os efeitos de outros tratamentos sobre sintomas da menopausa".

Linhaça no pão

A hipótese de que a dieta rica em fitoestrógenos poderia aliviar sintomas climatéricos (como as ondas de calor) surgiu do fato das "mulheres orientais, que possuem uma dieta rica em isoflavonas e lignanas, apresentarem menos queixas nesta fase da vida", explica Renée.

Para verificar esse efeito com o consumo dos fitoestrógenos presentes na linhaça, a pesquisadora realizou testes em pacientes da Casa do Climatério, da Fundação Zerbini, e em funcionárias do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP, num total de 38 mulheres: 20 compuseram o grupo de testes, que consumiu pão com linhaça em sua composição e 18 formaram o grupo controle, que consumiu pão placebo, produzido com farinha de trigo e dotado de sabor e aparência semelhantes ao de linhaça.

O produto foi escolhido por fazer parte do hábito alimentar dos brasileiros e por ser mais aceitável pelas mulheres. "Não adiantava colocar linhaça num alimento pouco consumido, ou que ficasse muito pesado. Elas achariam calórico demais e não comeriam", explica a pesquisadora. "A idéia era que o produto fosse funcional, por isso adicionei uma quantidade de farinha de linhaça que garantisse um pão saboroso". Cada porção de pão (composta de duas fatias) a ser consumida diariamente pelo grupo de testes continha 25 gramas de linhaça e 46 miligramas de lignanas vegetais.

Para quantificar as ondas de calor, as pacientes foram orientadas a preencher um diário com o registro de cada ocorrência. Esses dados foram usados para compor uma média mensal de ondas. Ao final de 3 meses de tratamento com os pães, Renée detectou uma redução significativa sobre esse sintoma: a média de ondas por dia caiu de 8,5 para 4,5. Entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre a melhora alcançada no grupo de teses e no grupo placebo.

"Esta melhora pode estar em parte relacionada a uma diminuição na disposição em marcar corretamente os sintomas no diário com o passar do tempo", pondera a pesquisadora. "No entanto, as pacientes demonstraram total interesse durante o período de intervenção, não havendo desistências, o que pode ser indicativo de uma melhora real dos sintomas".

Texto: Aline Moraes
Fonte: Agência USP

Publicado em: 29/12/2006

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