Drogas que são comercializadas legalmente, como o álcool e o cigarro, matam mais do que as drogas proibidas.
Essa é uma das conclusões da pesquisa divulgada pela Organização Mundial da Saúde sobre substâncias químicas que agem no cérebro humano. O estudo foi feito em 11 países, entre eles, o Brasil.
Não há o que se discutir. Os números são insofismáveis. No mundo, 0,4% das mortes tem relação com o uso de drogas proibidas; 3,2% com o consumo de álcool; e 8,8% estão ligados ao fumo.
Segundo a pesquisa, o risco de ficar dependente de alguma substância é oito vezes maior para pessoas que já tenham algum caso na família.
O Conselho Estadual Antidrogas, do Rio de Janeiro, foi um dos centros pesquisados. Eles recebem em média 25 novos pacientes. A grande maioria, por usar cocaína ou maconha, associada ao tradicional álcool.
Relatos freqüentes de pessoas que conseguiram deixar de usar cocaína, mas não conseguem vencer o tabagismo, corroboram as estatísticas.
Recente pesquisa publicada no jornal The Lancet afirma que aproximadamente cinco milhões de pessoas morrem anualmente em conseqüência de doenças relacionadas ao fumo em todo mundo.
Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento