A equipe de Uroginecologia do Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo, desenvolveu um estudo onde comprovam que orgasmos freqüentes podem resolver a incontinência urinária e até evitar cirurgias.
Na pesquisa, 315 mulheres, a maioria em avaliação preparatória para a cirurgia do assoalho pélvico, sendo que 17 delas estava em recuperação deste processo cirúrgico, passaram seis meses participando de reuniões, onde o tema era a importância da manipulação genital, seus efeitos na musculatura e como atingir o orgasmo vaginal ou clitoriano a partir da masturbação. Ao final, o resultado foi muito positivo. 33% das mulheres que seriam operadas estavam recuperadas e foram liberadas do processo cirúrgico.
A masturbação acompanhada de orgasmo gera espasmos na região genital que se propagam em contrações por todo o assoalho pélvico, aumentando a irrigação sanguínea dessa musculatura e a fortalecendo. Até as beta-endorfinas liberadas pelo ato impedem a atrofia desses músculos. Por tudo isso, essa era a prática mais natural e eficaz.
Até hoje, o método Kegel era o mais utilizado. Ele consiste em exercícios da musculatura pélvica com várias contrações ao dia, em diferentes posições. Contudo, ele só era seguido à risca no começo, depois as pacientes não continuavam o método em suas casas. Com isso, aproximadamente um terço das operadas acabavam voltando ao hospital para refazer a cirurgia.
O problema é grave. Só no HSPM, três mil mulheres por ano são atendidas com queixa de incontinência urinária. Esse estudo vem contribuir para que esses efeitos sejam minimizados.
Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento