Para obtenção dos mesmos efeitos com o uso da maconha é necessário o aumento constante da quantidade utilizada.A descoberta veio do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), que analisou necrópsias de cérebros de usuários crônicos da droga. 

A pesquisa estudou os tecidos cerebrais de 12 viciados e de 12 pessoas saudáveis. Através de um comparativo entre as amostras dos dois grupos, chegou-se a conclusão.

"A utilização contínua do THC (princípio ativo da maconha) provoca alterações nos receptores que captam a substância no cérebro. Ou seja, cria-se uma tolerância." afirma o pesquisador João Villares.

Foi revelado ainda, que a maconha age no DNA, causando redução da expressão do RNA mensageiro. Mas ainda não se sabe completamente, quais são os principais danos que a droga causa ao DNA.

"Nenhum dos efeitos são irreversíveis. Em alguns meses sem a droga, o cérebro se recupera." complementa Villares.

Texto: Cassiano Sampaio
Fonte: Redação Saúde em Movimento