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A falta de exercícios e prática
da atividade física sempre foi associada com um fator de perigo para a saúde mas
a partir de 1994 na elaboração de um documento conjunto entre American Heart
Association (AHA), a Organização Mundial de Saúde e a International
Society and Federation of Cardiology classificaram o sedentarismo em uma
escala superior de risco a saúde, nos Estados Unidos segundo levantamento cerca
de 250 mil mortes anuais são associadas a falta de atividade física
regular.
Quanto ao aparelho cardiovascular a pratica sistemática de atividade
física demonstra evidências de melhora do perfil lipídico, diminuindo as taxas
de colesterol total e aumentando as frações de HDL-Coleterol e recentemente
novos trabalhos vem apresentando evidências sobre o papel do exercício físico no
combate da disfunção endotelial causador de patologias cardiovasculares.
As más noticias que além dos maléficos sobre o sistema cardiocirculátorio,
pesquisas tem associado o sedentarismo a evolução de outras patologias, como a
maior probabilidade do desenvolvimento de colecistopatias e maior
predisposição de alguns tipos de câncer como de endomédrio, mama, cólon,
pâncreas e rim tem segundo levantamentos maior incidência nos fisicamente
inativos.
Quanto ao sistema endócrino a diabetes tipo 2 na população mundial e a
obesidade vem progredido de forma continua apesar dos esforços da comunidade
médica passando de um problema de saúde para uma questão governamental associada
aos custo financeiro e perda da qualidade de vida da população, apesar de uma
maior longevidade pela evolução da medicina e ao combate das doenças
infecto-contagiosas o desgastes associados aos hábitos de vida e principalmente
ao sedentarismo tem alertado as autoridades mundiais, a titulo de exemplo a
obesidade nos Estados Unidos se tornou uma verdadeira epidemia.
E novas evidências também tem associado a falta da atividade física sistemática
a alterações e maior predisposição de doenças cérebro-degenerativas,
cientistas encontraram relação entre o sedentarismo e a piora cognitiva e
aparecimento de demência. E recomendam aos pacientes de patologias como
Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla a prática de atividade física dentro
de suas condições de saúde, sendo o exercício um fator positivo em seu
tratamento.
Fonte: Dr. Marcos Brazão -
Jornal de Medicina do Exercício - 34/2002