Aplicado à Gestante
Em nossa civilização, durante muitos séculos, a mulher, origem do pecado, foi
condenada a " dar a luz na dor".
Foi preciso muito tempo para vencer os princípios ancestrais a fim de chegar ao
parto profilático, chamado "sem dor".
Os médicos se preocupam, em primeiro lugar, com a parturiente e tentaram
melhorar seu conforto, preparando-a física e psiquicamente para o evento.
O método de preparação física tenta levar em conta todos estes elementos:
conforto da mãe, e conseqüentemente, da criança, controle das diversas situações
na relação triangular pai-mãe-filho.
A boa condição física e o controle da respiração constituem, para a mulher,
condições de ter um parto fácil. A preparação física desenvolve harmoniosamente
o corpo todo, torna os músculos elásticos e mantém a boa forma.
A sucessão de contração e relaxamentos musculares melhora a circulação
sangüínea. Por outro lado o controle das apnéias, também são fatores importantes
no controle de si.
Modificações no organismo:
São várias as modificações anatômicas da mulher em seu período gestacional.
A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações, deslocando o centro de
gravidade, sujeitando-a a lordose lombar, à medida que a barriga aumenta.
A cintura pélvica aumenta 60% sua mobilidade devido a relaxinas. O quadril
aumenta também o seu tamanho para ampliar o espaço a abrigar o bebê.
diafragma é comprimido devido ao maior volume uterino, dificultando-lhe a
respiração.
estômago tem eixo alterado para a horizontal, dificultando a digestão.
As glândulas mamárias tem seu volume aumentado, solicitando mais músculos dosais
e peitorais.
Alterações metabólicas mais apresentadas no período
gestancial:
Aumento da freqüência cardíaca de 70/80 em média, devendo ser evitado assim
atividades que exceda a 140 bpm.
A gestante está sempre cansada devido ao aumento de consumo de O2 (bebê) e a
pressão sofrida pelo diafragma.
Aumento do débito cardíaco, pois parte deste é desviado para tecidos não
musculares, provocando taquicardia.
A resistência periférica é diminuída.
Aumento do volume sangüíneo (30%) e plasmático (40%).
Alterações no sistema endócrino. A disfunção nos hormônios trás alterações
emocionais e de hábitos na gestante.
Modificações gerais no organismo feminino durante a gravidez:
A musculatura, impregnada de líquidos, tem seus ligamentos e tendões afrouxados,
os quais se tornam incapazes de funcionar como sustentadores, aumentando o risco
de lesões.
Os ossos estão bem mais frágeis e seus ligamentos mais frouxos, por isso,
deve-se trabalhar com cargas reduzidas.
Recomendações do American College of Obstetrician and
Ginicologist para exercícios no período gestacinal:
Prescrição médica. Para qualquer atividade física com gestantes são necessárias
sempre as prescrições e avaliações médicas, sem isso o profissional estará
sujeito a correr riscos desnecessários;
Não objetivar condicionamento físico, não aumentar a atividade física de antes
da gravidez;
Realizar exercícios que não levam a fadiga,com duração no máximo de 30 minutos
de atividade vigorosa, sempre entre 50% e 70% da capacidade da gestante.
Manter a freqüência cardíaca até no máximo de 140 bpm, algumas devem trabalhar
no máximo 110 a 120 bpm (as que têm gravidez consideradas de risco: hipertensas,
idade avançadas, placenta prévia);
Evitar o aumento na temperatura corporal (evitando lugares muito quentes e água
no máximo 32º no inverno, pois poderá ocorrer a hipertermia, assim como evitar
roupas muito quentes ou pesadas, levando-se em consideração a época do ano:
inverno ou verão;
Evitar perda hídrica durante a atividade física (bebendo água antes, durante e
após as atividades);
Realizar atividades de 2 a 3 vezes por semana com duração de no máximo 90
minutos;
Evitar exercícios em gestantes que tenham riscos comprovados pelo obstetra
responsável;
Parar a atividade assim que a gestante apresentar algum sintoma fora do comum;
Contra-indicações:
Gestantes que, apesar de apresentar algum sintoma diferenciado, têm a permissão
médica para a prática da atividade física, sempre sobre controle médico e
cuidados especiais do profissional.
hipertensão arterial;
anemia ou outros distúrbios sangüíneos;
disfunção tireoidal;
disritmia cardíaca;
diabetes;
obesidade excessiva;
histórico anterior de vida excessivamente sedentária;
falta de peso excessiva;
apresentação pélica durante o terceiro trimestre;
placenta prévia;
infecção generalizada (garganta, ouvido, gastro-intestinais).
Alguns sintomas e sinais que interrompem a atividade física:
qualquer tipo de dor no peito;
contrações uterinas com intervalos pequeno (20 min);
perda de líquido (intenso ou leve);
vertigens e / ou fraquezas;
dificuldade em respirar;
palpitações e / ou taquicardias contínuas;
inchaços que não diminuem;
dor nos quadris ou no púbis;
dificuldade excessiva em caminhar;
dor nas costas interminantes ou que aliviam na água ou em posições confortáveis;
Fonte:Prof.
Ms. Jeferson Macedo Vianna
Tel. (32) 3236-1081 / 9987-5089 E
E-mail: jeferson_vianna@uol.com.br ou
jvianna@faefid.ufjf.br
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