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Ginástica Localizada - Ponto de Vista Lesões mais comuns e devidas precauções |
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Algumas posturas e exercícios exercem demasiada sobrecarga em diversas articulações, comprometendo não só a função anatômica como a fisiológica. Com a evolução dos conhecimentos metabólicos, a Ginástica Localizada vem sofrendo diversas alterações em sua metodologia. As aulas tornaram-se mais eficientes, mas a sobrecarga articular é notoriamente o fator mais preocupante dentro de uma aula desta modalidade. A falta de preparo profissional ou mesmo o excesso de atividade articular, juntamente com a busca incessante da melhor performance física, tem nos alertado para o trabalho com cargas abusivas e sem critério. Uma boa atividade física é aquela que atende as funções fisiológicas e ao mesmo tempo proporciona prazer e saúde para o praticante. Entende-se por saúde o bem estar físico e mental. Não é necessário grandes músculos ou uma capacidade cardiorrespiratória de um super atleta. Como o ACSM (American College of Science and Medicine) recomenda, uma atividade física com mínimo de 3 sessões semanais e freqüência cardíaca em torno de 50 a 80% da capacidade máxima é suficiente para um trabalho cardíaco satisfatório e salutar. O mesmo processo para a manutenção de uma massa magra razoável, 3 sessões de atividade com pesos resistidos, tais como musculação , ginástica ou outra qualquer que proporcione um trabalho muscular com intensidade razoável será suficiente para uma boa qualidade estética e de saúde.
Não é incomum cometermos algumas falhas ao elaborarmos nossas rotinas durante o treinamento. Para tornarmos nossas aulas mais seguras , a recomendação é excesso de zelo nas posturas, principalmente àquelas que sofrem maior sobrecarga, tais como articulações dos joelhos, tornozelos, cotovelos, ombros e coluna lombar e cervical. O excesso de cargas ou mesmo de repetições provocam na maioria das vezes micro-lesões que futuramente poderão causar estragos articulares irreversíveis.O respeito às posições anatômicas corretas devem ser priorizadas e a colocação correta das articulações para execução de qualquer movimento deverá ser didaticamente esclarecido anteriormente a prática. É fundamental lembrarmos que o aluno que se encontra em nossa sala de aula não é atleta, portanto, os progressos poderão ser gradativos e seguros.
Normalmente quando recebem um novo aluno em sua sala de aula, alguns profissionais já depararam com as seguintes perguntas: "Em quanto tempo eu estarei malhado?" ou "Nunca fiz aula, acha que posso pegar a mesma carga dos outros alunos?". É de fundamental importância que você estabeleça um elo de confiança com o novo aluno. A conscientização de um trabalho de base muito ajudará a evitar as indesejadas lesões. As articulações sofrem constantemente com os aumentos das cargas e não tem um desenvolvimento tão eficiente como a musculatura. O alongamento e o trabalho de resistência localizada ajudará a mantê-las mais elásticas e saudáveis. Portanto, é necessário um trabalho de adaptação anatômica capaz de preparar as articulações para suportar a sobrecarga nos trabalhos mais pesados. Antes de exercer grandes esforços devemos então fazer uma periodização músculo-articular de forma lenta e gradual.
Área de risco: Sobrecarga nas articulações dos membros inferiores e coluna lombar
Área de risco: Comprometimento da articulação dos joelhos e sobrecarga na coluna lombar.
Área de risco: Comprometimento da articulação dos joelhos e sobrecarga na coluna lombar.
Área de risco: Comprometimento da articulação dos joelhos e sobrecarga na coluna lombar.
Área de risco: Articulações dos cotovelos, ombros e coluna lombar.
Área de risco: Articulações dos cotovelos , ombros e coluna lombar.
Área de risco: Ligamentos e tendões das articulações dos cotovelos , pulsos e coluna lombar.
Área de risco: Tendões das articulações dos cotovelos , ombros e coluna lombar.
Área de risco: Coluna cervical e lombar.
Os membros inferiores devem retornar a posição de 90° com o tórax, rolar para cima do mesmo e retornar a esta posição. Área de risco: Coluna lombar e cervical.
Área de risco: Coluna lombar e cervical.
Área de risco: Coluna lombar, pulsos e cotovelos.
Área de risco: Coluna lombar e joelhos.
Alguns cuidados no manuseio do equipamento também são de fundamental importância para se evitar lesões articulares. Com halteres deve-se ter cuidado para não flexionar os pulsos durante o trabalho dos demais grupos musculares. Um pulso firme evitará uma lesão articular e ao mesmo tempo transferirá maior força de trabalho ao grupamento solicitado. Mesmo quando não se está trabalhando com os membros superiores, os braços deverão estar semiflexionados para evitar a hiperextensão dos cotovelos e comprometimento da articulação. A barra, quando utilizada para fins de agachamento deverá estar apoiada de maneira correta nas costas, evitando-se que o peso da mesma esteja forçando a coluna cervical. Outra posição que compromete a região cervical é o fato de se apoiar os braços por cima da barra quando esta está nas costas. Procure segurar a barra e equilibrá-la para que o peso esteja distribuído de maneira uniforme sobre os ombros. E ao segurar a barra posicionada as costas, procurar trabalhar com os cotovelos forçados à frente, mantendo assim os ombros em pé e boa posição anatômica da coluna. Ao retirar e colocar os pesos no chão, tanto os halteres como a barra, evitar transferir o peso para coluna lombar. Realizar um agachamento para trazer o peso para a altura da cintura e o mesmo para deixá-lo no solo. As caneleiras são artigos muito utilizados e suas funções podem ser tanto para trabalhos em pé como de solo. É muito importante que elas esteja firme na perna, para evitar seu deslocamento, que poderá transferir uma tensão na articulação que causará desconforto articular. Para trabalhos em pé, tomar cuidado com o excesso de carga, principalmente quando há deslocamento na rotina exercícios. Para trabalhos no solo, pode-se utilizar uma carga mais intensa, porém, cuidado com sobrecargas que podem comprometer as articulações coxofemorais. A borracha está associada à força elástica que tem natureza restauradora, ou seja, quanto mais se esticar, maior será a carga de retorno ao seu estado inicial. Portanto, deve-se evitar determinados exercícios em que o aumento da força prejudicará a perfeita execução do mesmo e também excesso de carga em determinados ângulos de trabalho que virão a comprometer as articulações. Finalizando, é de responsabilidade total do professor supervisionar a execução correta dos exercícios pelos alunos. Assim como também a conscientização pelos mesmos da necessidade de se trabalhar corretamente. Siga as instruções acima e bom trabalho. Quando tiver dúvidas discuta com um colega ou mesmo pesquise na literatura. Bom profissional é aquele que está sempre atento as novas técnicas e novidades.
NETO, E. & NOVAES, J.:
Ginástica de Academia: Teoria e Prática. Rio de Janeiro - Editora Sprint -
1996. |
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Data da Publicação: 14/04/2004 | |||
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