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Apnéia do sono - O perfil do portador

E esta doença tem uma certa predisposição familiar sendo mais freqüente no sexo masculino e em indivíduos com excesso de peso. O ronco geralmente se associa com elevada prevalência, contudo, em ocasiões, pode estar ausente. Acredita-se que a apnéia do sono afeta mais de 5% das mulheres e 15% dos homens na faixa etária de 30 a 60 anos e que 19% das mulheres e 34% dos homens que habitualmente roncam padecem desse distúrbio. A obstrutiva apnéia do sono é tão prevalente quanto a asma no adulto , contudo, aproximadamente 95% dos pacientes não são adequadamente diagnosticados e tratados. As principais características clínicas da apnéia do sono são:
  • Sonolência diurna excessiva-hipersonolência
  • Roncos noturnos-podendo ultrapassar a mais de 60 decibéis
  • Obesidade
  • Apnéias
  • Enurese
  • Refluxo gastroesofágico
  • Fadiga diurna excessiva
  • Sono não reparador-sensação de cansaço ao despertar
  • Despertares freqüentes durante a noite
  • Perda progressiva da memória e dificuldade de concentração
  • Cardiopatias associadas: Arritimías (extrassístole, taquicardía ventricular, pausa sinusal e bloqueio A-V), Hipertensão arterial do tipo dipper e principalmente non-dipper, Angima, Infarto do miocárdio, cor pulmonale e Insuficiência cardíaca.
  • Sudorese noturna
  • Diminuição da líbido
  • Cafaléia matutina
  • Micrognatia ou retrognatia
  • Depressão
  • Irritabilidade
  • Modificação da personalidade e da voz

A sonolência diurna e excessiva e difícil de se identificar, pois, especialmente se for discreta, o paciente não pode dar a devida importância ou até mesmo minimizá-la. Ao contrário, pode ser supervalorizada por alguns indivíduos. Resulta, por tanto, importante precisar em que situações aparece a hipersônia. No laboratório do sono, a hipersônia pode ser quantificada mediante o teste de latência multipla do sono (MSLT). A partir de uma aproximação subjetiva pode-se distinguir os seguintes padrões de sonolência:

El albaño herido - Goya
El Albaño Herido-Goya

  • Pacientes com hipersônia extrema e incapacitante: dormem continuamente a não ser que estejam estimulados contínua e ativamente. O estado de sonolência aparece no trabalho, nas refeições, dirigindo um automóvel e até durante uma conversa. Este tipo da paciente apresenta um risco para si mesmo, no ambiente de trabalho e principalmente   no transito devido ao grande risco de acidentes. Um número significativo de acidentes de tráfego nas estradas esta associado a uma importante prevalência de SAOS entre caminhoneiros e motoristas de ônibus. O quadro de Goya referido ao lado, ilustra de certa forma a hipersônia.

  • Pacientes com hipersônia evidente: dormem habitualmente durante a leitura, vendo televisão, trabalhando e dirigindo. Podem manter-se em alerta enquanto realizam uma atividade física.

  • Pacientes com hipersônia leve: geralmente são o tipo mais difícil de se identificar, a começar pela negação do próprio enfermo. Dorme geralmente durante a leitura e vendo televisão.

O aparecimento da hipersônia em qualquer grau está diretamente relacionado com a desorganização do sono em consequência das apnéias. Ao se finalizar a apnéia produz-se um despertar transitório que permitirá a abertura da via aérea superior, e com ela a recuperação da saturação da oxihemoglobinaque havia diminuido como consequência da interrupção da respiração. Os repetidos epsódios de despertares ocasionam uma fragmentação do sono além de impedir que o sono progrida para as fases profundas (fases 3 e 4) e fase REM, convertendo-se em um sono não reparador. Provavelmente existem outros fatores que influem sobre a hipersônia como a própria hipoxemia.

O ronco consiste na emissão de um ruído que pode ultrapassar  a 70 decibéis e é produzido pela vibração da úvula e do palato mole. Fatores anatômicos podem influenciar, tais como: obstrução nasal por hipertrofia de amídals e adenóides. A ingestão de bebidas alcoólicas ocasionam relaxamento da musculatura aumentando o nível do ruído. Igualmente a postura durante o sono (decúbito dorsal) incrementa o nível do ronco.

O ronco é, com freqüência, o motivo da consulta médica, em parte como conseqüência da divulgação pelos meios de comunicação. Em algumas ocasiões o ronco pode ser pouco valorizado pelo paciente, pelo fato do mesmo ocorrer a vários anos. Em razão disto, é fundamental entrevistar  o(a) companheiro(a) ou familiares, que com freqüência descreverão que o ronco se interrompe periodicamente, seguindo de uma parada da respiração ( apnéia ) que acaba com um ronco forte seguidos de uns quantos mais (fase de hiperventilação pós-apnéia) voltando novamente ao silêncio.

A enurese é mais freqüente nas crianças com SAOS, podendo também aparecer em 5% dos adultos. Acredita-se que pode interferir em sua fisiopatologia o aumento da pressão intra-abdominal incremento de excreção de água e sal durante a noite em relação com o aumento do fator natriurético. O refluxo gastroesofágico decorre da modificação da pressão abdominal e torácica secundária a obstrução da via aérea, que modificam funcionalmente o esfíncter esofágico inferior (cárdia).

A cefaléia e geralmente frontal e matutina. Sua tiologia tem sido atribuída a um efeito vasodilatador da hipercapinia que pode ocorrer durante o sono. Igualmente a hipertensão arterial que afeta estes pacientes pode também contribuir.

Aproximadamente ¼ destes pacientes referem impotência sexual ou diminuição da libido. Habitualmente trata-se de uma impotência funcional. Tem-se demonstrado sua relação com uma diminuição dos níveis de testosterona  por inibição do sistema hipotálamo-hipofisário.

Os transtornos psiquiátricos se expressam por diminuição da capacidade de concentração, deterioro da memória, ansiedade, síndrome depressiva, transtornos da personalidade em forma de maior irritabilidade, inapetência e desinteresse. As crianças com SAOS apresentam um baixo rendimento escolar. Estas alterações estão relacionadas com a fragmentação do sono e a hipoxemia.

A qualidade da voz pode modificar-se e aparecer transtornos em sua ressonância, articulação e/ou fonação em decorrência de tecido hipertrófico no palato mole. As crianças apresentam uma voz anasalada em conseqüência da hipertrofia da adnóide e das amídalas.

Autor : Dr. Ronaldo Gomes de AlmeidaMande um e-mail
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FAX: 346-1531

Data da Publicação: 30/01/2002

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