As fraturas mais comum em
decorrência da osteoporose são as dos punhos, quadris, coluna, colo dos fêmures e
costelas; entretanto, a princípio, qualquer osso do corpo pode ser afetado. A dor
dorsolombar é queixa comum; o espasmo muscular é a principal causa dos sintomas, que
também podem ser por microfraturas; em muitos casos, é conseqüente a uma fratura por
compressão.
O punho,
por ser um ponto de apoio, é uma área onde acontecem muitas fraturas. Os ossos
sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo, quando das quedas. Pessoas idosas podem fraturar as vértebras
da coluna com freqüência. A chamada "corcunda de viúva" é uma
deformação comum e pode levar à diminuição da altura do doente e dificuldade de
locomoção. Para se ter uma idéia da gravidade do problema, pode-se citar o fato de 1/3
das mulheres que atingem 60 anos têm ou tiveram fraturas de vértebras e, destas, 20 a
25% falecem nos seis primeiros meses após a fratura. Nos EUA, 30% das mulheres brancas
têm osteoporose, dentre as quais, 16% apresentam a doença na coluna lombar. Em 1995 o
custo de tratamento de fraturas da |
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coluna lombar,
naquele país, foi de 746 milhões de dólares (Moreira Jr., 1999). |
O quadril
é um dos pontos fracos entre os que têm a doença. As fraturas de bacia são
difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estima-se que 1 em cada 3 mulheres
menopausadas correm o risco desse tipo de fratura e, em 15 a 20% dos casos, são fatais
(Favus et alli, 1993). A taxa desse tipo de é duas a três vezes maior nas mulheres do
que nos homens; entretanto, a mortalidade subseqüente é aproximadamente duas vezes mais
alta para os homens do que para as mulheres. Para as mulheres, o risco é igual ao risco
associado aos canceres de mama, útero e ovários. Um terço das mulheres e um sexto dos
homens que atingem os 80 anos têm ou tiveram este tipo de fratura. Estudos mostraram
dados alarmantes: cerca de 50% dos pacientes que fraturaram o quadril não consegue mais
andar sozinhos. Estima-se que em 1990 cerca de 1,66 milhões de pessoas tiveram esse tipo
de fratura e que esse número aumente para 6,26 milhões até 2050. A incidência de
fraturas de quadril nos EUA é estimada em 250.000 casos anuais e, cerca de 25.000
casos/ano no Canadá (Papaioannou, A. et al 1997).
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O fêmur
também é outro ponto fraco desses pacientes. É freqüente tanto em homens quanto em
mulheres, principalmente, depois dos 65 anos e a recuperação é, via de regra, lenta. Em
1990 registrou-se a ocorrência de aproximadamente 1,7 milhões de fraturas de colo do
fêmur no mundo todo e, com base no aumento proporcional da população de idosos, a
estimativa é que até o ano 2050 esse número chegue próximo de 6,3 milhões (Moreira
Jr., 1999). Na população
de Porto Rico a prevalência da osteopenia na coluna lombar é de 42% e no colo do fêmur
é de 56%; 12% da população tem osteoporose na coluna lombar e 8,7% no colo do fêmur;
40% das mulheres entre 50 e 79 anos têm osteoporose (Moreira Jr., 1999). Saúde em Movimento.com.br |
Realizou-se, no hospital das
Clinicas da FMUSP, São Paulo, um estudo que mostra a razão direta entre a idade e a
incidência das fraturas. Observou-se que aos 45 anos o limiar de fraturas no colo do
fêmur é de 2,7% e na coluna de 31,8%. Aos 60 anos, o limiar de fratura no colo do fêmur
é de 19,1% e na coluna de 75,3%. E aos 80 anos o limiar é de 45% e 81,8%
respectivamente.
Social e economicamente falando, o
problema vem se agravando a cada dia, já que devido ao aumento da população e seu tempo
médio de vida é cada vez maior o número de pessoas propensas a adquirir a osteoporose.
Em 1993, o custo total com osteoporose nos EUA foi estimado em 10 bilhões de dólares e,
no Canadá foi de 1,3 bilhões de dólares (Papaioannou, A. et al 1997). Assim, o
importante não é diagnosticar a fratura, o que já seria uma fase tardia, mas sim fazer
o diagnóstico numa etapa mais precoce através do exame da densitometria óssea (Moreira
Jr., 1999).
Autoras: Prof. Claudia
Maria Oliveira Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais -
UFSC
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