Personal Trainer - prescrição aplicada a hipertensos
Aplicado à Hipertensos
A Hipertensão é uma condição na qual a tensão arterial encontra-se cronicamente
elevada, acima dos níveis considerados desejáveis ou saudáveis para a idade e a
superfície corporal do indivíduo (Pollock, 1993:06).
Na maioria dos casos, a hipertensão pode ser resultante de fatores genéticos, de
uma dieta com altos teores de sódio, obesidade, da inatividade física, estresse,
de uma combinação destes fatores, e outros (Pollock, 1993:13).
TABELAS DE CLASSIFICAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
Os indivíduos com uma PA sistólica superior a 160 mmHg ou de uma PA diastólica
acima dos 100 mmHg precisam ser encaminhados a um médico antes de serem testados
ou de iniciarem em um programa de treinamento.
Efeitos da atividade física em Hipertensos:
A atividade física altera a pressão sangüínea, mas, esta alteração depende da
pressão arterial do indivíduo, ou seja, em indivíduos com PA normal, pouco
alteração ocorre com o treinamento, mas, provocam redução significativas em
indivíduos hipertensos leves e moderados (Fagard & Tipton, 1994; citado por
Guedes, 1995). Os exercícios aeróbios moderados e de longa duração são os mais
eficientes na diminuição ou na regularização da PA, principalmente quando
associados à redução do peso corporal e da ingesta de sal (Sannerstedt, 1987;
citado por Guedes, 1995).
O American College of Sports Medicine (ACSM) e outros revisores concluíram que
as pessoas com hipertensão discreta podem esperar uma queda média das pressões
arteriais sistólica e diastólica de 8 a 10 mmHg e 6 a 10 mmHg, respectivamente,
em resposta ao exercício aeróbio regular.
Indivíduos hipertensos submetidos a exercícios físicos tendem a reduzir a
concentração circulante de catecolaminas, o que, somado à diminuição do tônus
simpático, provoca diminuição do débito cardíaco e na resistência vascular
periférica, resultando em menor pressão arterial em repouso (Fagard & Tipton,1994).
Os programas de exercícios devem ser de predominância aeróbia, como caminhadas,
corridas leves, cicloergômetros, ciclismo, natação, etc…
A freqüência das atividades não deve ser inferior a 4 vezes por semana, com a
duração inicial de 30 minutos aumentando gradativamente a 1 hora e a intensidade
entre 40 a 65 % da Fc máx.
Pressão arterial e exercício:
Exercício com resistência estática dinâmica comprimem o sistema arterial
periférico e acarretam aumentos agudos e dramáticos na resistência ao fluxo
sangüíneo.
Exercícios crônicos do treinamento de resistência podem causar maior elevação na
pressão arterial, e comparada com o movimento dinâmico de menor intensidade,
porém não parece que essa forma de treinamento seja capaz de causar qualquer
aumento a longo prazo na pressão arterial de repouso.
Exercício em ritmo estável na atividade muscular rítmica tipo trote, natação e
ciclismo, provoca a dilatação dos vasos sangüíneos nos músculos ativos, reduz a
resistência periférica total e aumenta o fluxo de sangue através de grandes
segmentos da árvore vascular periférica.
Exercício progressivo: nessa situação, as pressões sistólicas (PAS),
diastólica (PAD) e média são plotadas como uma função da quantidade de sangue
ejetada para dentro do circuito arterial a cada minuto, o que constitui o débito
ou rendimento cardíaco.
Pressão arterial nos exercícios de braço: o fluxo sangüíneo para os
braços durante o exercício exige, uma cabeça de pressão sistólica muito maior. É
evidente que essa forma de exercício representa um esforço cardiovascular maior,
pois o trabalho do coração aumenta consideravelmente.
Na recuperação após uma sessão de exercício submáximo contínuo, a PAS é reduzida
temporariamente para níveis abaixo do valor pré - exercício para indivíduos
tanto normotensos quanto hipertensos. Essa resposta hipotensa ao exercício
prévio dura cerca de duas a três horas durante a recuperação
Conclusão: A atividade física pode aumentar a capacidade
cardiovascular e reduzir a demanda de oxigênio pelo miocárdio para um dado nível
de exercício, tanto em indivíduos normais, quanto na maioria dos pacientes
cardiácos. As atividades físicas exercidas regularmente são necessárias para
manter os efeitos obtidos ao treinamento. Os riscos potenciais associados aos
exercícios intensos podem ser reduzidos através da orientação correta . As
atividades físicas podem auxiliar no controle do tabagismo, da hipertensão, das
dislipidemias, do diabetes, da obesidade e do estresse emocional. As evidências
sugerem que o treinamento físico pode proteger contra o desenvolvimento da
doença coronariana, além de poder melhorar a probabilidade de sobrevida após um
ataque cardíaco.
Fonte:Prof.
Ms. Jeferson Macedo Vianna
Tel. (32) 3236-1081 / 9987-5089 E
E-mail: jeferson_vianna@uol.com.br ou
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