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Osteoporose - Como é diagnosticada a osteoporose?

A densidade mineral óssea (DMO) é a medida da quantidade de tecido calcificado no osso e, é usada no diagnóstico da osteoporose pois, a correlação entre a resistência óssea e o conteúdo mineral ósseo é um bom indicativo.

Na infância, a DMO é relativamente baixa e o pico máximo é alcançado na juventude. Entretanto, com a idade, ocorre uma queda desse valor, sendo que nas mulheres ela é mais acentuada devido à menopausa, pois o declínio do hormônio ovariano estrogênico tem um papel importante na manutenção da força óssea. Fatores como uso prolongado de prednisona (um fármaco corticóide), alguns anticonvulsivantes quimioterapia, excesso de álcool e/ou fumo, baixa ingesta de cálcio e/ou vitamina D e inatividade física prolongada podem reduzir a densidade óssea e, ainda, desencadear um excesso da atividade da glândula tireoide com conseqüente produção excessiva do paratormônio (hiperparatireoidismo primário).


Fig 1 -
DMO de coluna lombar de paciente do sexo feminino com 60 anos de idade, dentro dos limites da normalidade.

A DMO reduzida aumenta o risco de fraturas com quedas menos graves e menos freqüentes logo, a detecção da osteoporose pela medida da DMO é muito útil na previsão de riscos de fratura e serve como ponto de partida para estabelecer o tratamento.

O principal método de diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, que visa a quantificação da DMO através; entretanto, como em outras patologias, a história clínica, o exame físico e exames subsidiários são de grande valia.

Para se traçar a história clínica deve-se inquirir a idade da menopausa, presença de fatores familiares, hábitos alimentares, atividade física, uso de café, cigarro ou álcool.

No exame físico pode-se verificar a deformidade da coluna e, deve-se incluir dados de peso e altura, para acompanhamento.

Os exames subsidiários utilizados são os laboratoriais e de imagem sendo, aqueles, geralmente normais na osteoporose primária. Rotineiramente, solicita-se hemograma, VHS, eletroforese de proteínas, provas de função renal, dosagens de cálcio e fósforo, fosfatase alcalina e calciúria de 24 horas. O nível de cálcio endógeno excretado é diretamente relacionado ao aparecimento da osteoporose. Saúde em Movimento.com.br

Sempre que necessário, solicita-se os marcadores de formação e de reabsorção óssea. São considerados marcadores de formação a fosfatase alcalina óssea, a osteocalcina e o pró-colágeno tipo I

C-Terminal Peptídeo (PICP). A fosfatase alcalina aumenta na formação óssea. O valor da fosfatase alcalina total inclui fosfatases produzidas nos rins, fígado, intestino e ossos, portanto, é mais fiel a dosagem da fostatase alcalina óssea. A osteocalcina (Bone Gla Protein ou BGP) informa sobre a atividade osteoblástica. O pró-colágeno tipoI C-Terminal peptídeo (PICP) é a forma mais comum de colágeno presente nos ossos.

Fig 2 - DMO de quadril direito de paciente do sexo feminino, com 77 anos de idade evidenciando osteoporose do triângulo de Ward e do colo do fêmur.
 
São considerados marcadores de reabsorção óssea a hidroxiprolina, piridinolina, desoxipiridinolina e o Ntx (N telo-peptídeo). A hidroxiprolina é um produto da degradação do colágeno e, como sua maior fonte é o osso, ela indica, de certo modo, a reabsorção óssea, entretanto, é influenciada pela dieta alimentar. A piridinolina e a desoxipiridinolina são dosadas na urina e, por estarem presentes nas ligações do colágeno, são indicadoras do catabolismo ósseo; não sofrem influência da dieta. O NTx, também dosado na urina, é um resíduo de telopeptídeos originados da ruptura do colágeno do tipo I.

Existem, ainda, exames especiais como a dosagem da 25-hidroxi-vitamina D e da 1,25-diidroxi-vitamina D.

No diagnóstico por imagens, utilizam-se as radiografias e a densitometria óssea. Saúde em Movimento.com.br

O exame radiográfico pode mostrar a diminuição da densidade óssea porém, a variação pode ser de até 30 %. O raio-X pode detectar colapso vertebral ou acunhamento, compressão bicôncava dos discos, nódulos de Schrmol (o núcleo pulposo pode herniar localmente para dentro do corpo vertebral) e afinamento das corticais. Entretanto, além das radiografias não quantificarem a perda óssea, em mulheres gordas, com seios volumosos, os raios-X têm que atravessar muitos tecidos, deixando os ossos mais claros.

O melhor método para se medir a DMO é, sem dúvida, a densitometria óssea. Existem diferentes tipos de equipamentos para sua realização, os chamados centrais que avaliam a massa óssea do quadril, coluna e corpo todo e os periféricos que avaliam a massa óssea nos dedos, punhos, patela, tíbia e calcâneo.

Trata-se de um exame rápido, muito sensível, que detecta perdas mínimas, mesmo antes da osteoporose se instalar, podendo indicar os primeiros sinais de instalação da doença e, devido à sua alta precisão é também valioso no acompanhamento da evolução da doença, quando já instalada, permitindo monitorar o tratamento instituído.

O DXA (densitômetro Dual X Ray Absormetry) realiza o exame em duas posições, lombar e femural. O paciente fica deitado na maca do aparelho por 5-10 minutos, enquanto o raio-X atravessa a área a ser examinada. Esta técnica é indolor, muito segura, desde que a exposição à radiação seja de apenas 1% e, de alta precisão, com uma margem de erro de apenas 1-2% entre medidas repetidas (www.familydoctor.co.nz). O valor absoluto da DMO é expresso em gramas de osso mineralizado por unidade de área, e.g. 1,3g/cm², junto com o relatório de como esses valores relatam a porcentagem da DMO de uma população normal do mesmo sexo, idade, estrutura e etnia.

Geralmente, valores 10% ou mais abaixo da média por idade, sugerem uma redução importante na densidade óssea, requerendo testes para excluir possíveis doenças que afetam a DMO. Porém, o cálculo mais importante que esses dados permitem é o de quão longe esses valores estão (acima ou abaixo) dos valores médios para adultos jovens normais. Esse dado pode ser expresso estatisticamente como o desvio padrão da média dos valores médios medidos em adultos jovens que padroniza a medida e, é chamado T-Score. A Organização Mundial da Saúde tem definido um T-Score entre -1 e -2,5 como sendo osteopenia e um T-Score de -2,5 ou menos como osteoporose. O risco de fraturas é calculado multiplicando 2 pelo fator de toda redução abaixo da média dos valores dos jovens adultos. Assim, um T-Score de -3 indica um aumento no risco de fraturas de 2x2x2 (8).
Fig 3 - O T-score é a DMO expressa em termos do número de desvios-padrão (DP) acima ou abaixo (números negativos) da média para mulheres jovens . A medição da DMO é necessária para documentar a osteoporose, exceto em pacientes com fratura vertebral.

A DMO pode ser determinada, também, por tomografia computadorizada da coluna; entretanto, este método é menos preciso e usa alta quantidade de radiação em relação ao DXA. A ultra-sonografia do calcanhar fornece a rigidez do osso e tem sido usada na determinação de riscos de fratura do quadril (www.familydoctor.co.nz). Permite ainda traçar um perfil populacional da osteoporose e é um bom método para identificar pacientes com osteoporose numa grande população. Esses pacientes, identificados pelo ultra-som, devem ser obrigatoriamente examinados através da densitometria óssea da coluna, fêmur e punho, a fim de se fazer um diagnóstico seguro da osteoporose e estimativa do risco de fratura nesses locais.

Autoras: Prof. Claudia Maria Oliveira Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais - UFSC Mande um e-mail
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Data da Publicação: 29/01/2002

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