O
esqueleto é constituído por mais de 200 ossos, que dão rigidez, forma e sustentação
ao corpo e, protegem o cérebro, coração, pulmões e outros órgãos vitais. O esqueleto
acumula massa óssea até a faixa dos 30 anos, sendo que esta é maior no homem do que na
mulher. A partir daí, perde-se 0,3% ao ano. Na mulher, a perda é maior nos 10 primeiros
anos pós-menopausa e, mais ainda, na mulher sedentária (www.uddo.org).
No processo normal de
envelhecimento, os ossos se modificam ao longo da vida, e o organismo está constantemente
fazendo e desfazendo ossos (atividade osteoblástica e osteoclástica, respectivamente).
Esse processo depende de vários fatores, tais como a genética, boa nutrição,
manutenção de bons níveis de hormônios e prática regular de exercícios físicos.
Os osteócitos são as células responsáveis
pela formação do colágeno que dá sustentação ao osso. |
Osso normal
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Os canais que interligam os
osteócitos permitem que o cálcio, essencial para a formação óssea, saia do sangue e ajude a formar o osso. Quando a
destruição do osso é maior do que a sua reparação, ou seja, quando a atividade
osteoclástica predomina sobre a osteoblástica, o equilíbrio se desfaz enfraquecendo a
resistência mecânica dos ossos e tornando-os vulneráveis aos pequenos traumas. Saúde em Movimento.com.br
A osteoporose ocorre quando a quantidade
de massa óssea diminui substancialmente e há deterioração da microarquitetura do osso,
desenvolvendo-se ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos à fraturas.
Com a osteoporose, o colágeno e os depósitos minerais são desfeitos muito rapidamente e
a formação do osso torna-se mais lenta; com menos colágeno, surgem espaços vazios que
enfraquecem os ossos.
Osso com osteoporose |
A densidade mineral (de
cálcio) é reduzida de 65% para 35% quando a doença se instala. O canal medular central
do osso torna-se mais largo e com a progressão da osteoporose, os ossos podem ficar
esburacados e quebradiços. Como dito
anteriormente, os ossos são compostos de duas camadas: a mais externa e mais dura é
chamada de osso cortical e a interna, mais esponjosa, é chamada de osso trabecular. Esse
último é mais susceptível à osteoporose. |
Ossos sadios são
caracterizados por osso trabecular esponjoso com milhares de traves fortemente
interconectadas entre si.
Na osteoporose, o osso cortical se afina
gradualmente e os buracos do osso trabecular tornam-se cada vez maiores e irregulares.
Quando a estrutura interna do osso estiver comprometida, o traumatismo de uma pequena
queda ou mesmo o peso corporal podem causar traumas.
O maior problema dos portadores de osteoporose
é, sem dúvida, o risco de fraturas, que ocorrem tipicamente com quedas de menor grau. O
principal impacto ocorre preferencialmente na qualidade de vida do paciente e não na sua
duração (tempo de vida).
A doença progride lentamente e
raramente apresenta sintomas. É devido a essa característica silenciosa que, usualmente,
a osteoporose não é diagnosticada até que ocorram as fraturas. De acordo com critérios
da Organização Mundial de Saúde, 1/3 das mulheres brancas acima dos 65 anos são
portadoras de osteoporose e, estima-se que cerca de 50% das mulheres com mais de 75 anos
venham a sofrer alguma fratura osteoporótica, em sua vida.
Autoras: Prof. Claudia Maria Oliveira
Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais - UFSC
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