Na realidade, a osteoporose, do
ponto de vista clínico, passa a preocupar em função do risco das fraturas decorrentes
desta condição. Dentre elas, as fraturas do punho, úmero, vértebras, costelas, e,
principalmente, a do colo do fêmur. A fratura acaba por complicar a condição de saúde
do idoso, mesmo que ele fosse saudável até o momento da queda. Além do transtorno
pessoal e familiar, decorrente das hospitalizações para correção cirúrgica e para
tratamento das complicações que podem seguir a fratura.
Com relação às complicações das
fraturas, temos que metade das pessoas com osteoporose acometidas por fraturas de fêmur
desenvolvem limitação, ou mesmo impossibilidade de se locomover. Cerca de 1/4 das
pessoas com fratura do colo de fêmur podem apresentar complicações circulatórias,
tromboembólicas, infeções respiratórias e desencadeamento do diabetes, que podem
resultar em morte. Saúde em
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A falta de prevenção do problema
deverá resultar em algum tipo de fratura para metade das mulheres ao redor dos 70 anos e
para duas em cada três mulheres aos 80 anos de idade.
As medidas preventivas
compreendem a ingestão de quantidade adequada de cálcio, o exercício físico, a
correção do hipoestrogenismo e o controle dos fatores que favorecem as quedas, que em
última análise serão os responsáveis diretos pelas fraturas que na realidade queremos
prevenir. |
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Prevenção
primária e secundária
A prevenção primária deve ser feita
na formação da estrutura óssea, que se dá durante todo o crescimento do organismo,
principalmente na fase de adolescência. É nessa época da vida que o organismo acumula a
massa óssea que lhe garantirá por ocasião da fase idosa uma constituição óssea mais
resistente ou mais frágil. Uma vez que é considerado normal o pouquinho de massa óssea
que perdemos todos os anos. A quantidade de massa óssea que conseguimos juntar por
ocasião da adolescência fará com que no envelhecimento tenhamos maior ou menor
resistência contra fraturas. Por isso mesmo, é fundamental que o adolescente,
principalmente do sexo feminino, seja orientado para uma dieta rica em cálcio, como
também para atividades físicas regulares. Mesmo após a fase de adolescência é
recomendável que essas duas orientações sejam seguidas durante a vida. A prevenção
secundária de fraturas deve ser realizada quando a osteoporose já foi reconhecida pela
densitometria óssea, ou pela presença de redução na altura dos corpos vertebrais no
exame radiológico.
Para a prevenção da osteoporose, é
fundamental o estabelecimento de programas de educação em saúde, tanto para o
profissional de saúde que atua a nível primário como também em programas voltados para
a comunidade, como por exemplo programas de saúde escolar que atinjam a criança na fase
do crescimento, ou ainda programas desenvolvidos através de palestras em associações
comunitárias ou empresas. (www.unimed.com.br)
CUIDADOS
FAMILIARES NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES
Deve-se levar em conta algumas
condições que favorecem a queda dos idosos e, através disso, tomar os devidos cuidados
que podem impedir ou amenizar este problema:
Usar sapatos com solado antiderrapante e evitar saltos
que possam provocar desequilíbrio.
Usar corrimão nas escadas, mesmo que pequenas, para
conforto e segurança.
Usar no banheiro borracha antiderrapante ou fixa no
chão, banco e apoios para as mãos.
Deixar os utensílios sempre em lugar de fácil alcance
para evitar quedas na tentativa de apanhá- los.
Ter à noite sempre uma luz próxima.
Atenção com os animais domésticos que podem provocar
tropeços.
Colocar protetor de borracha nos pés das cadeiras para
que elas não escorreguem ao sentar.
Transformar pequenos degraus em tampas com faixa
antiderrapante.
Evitar camas muito baixas ou muito altas que provoquem
esforço demasiado para deitar e levantar. Saúde em Movimento.com.br
Evitar carregar e suspender objetos pesados, que podem
acarretar fraturas.
Evitar cera que torne o chão escorregadio.
Evitar tapetes soltos pela casa, eles escorregam e
provocam quedas.
Evitar quinas de móveis em passagens estreitas, se
necessário colocar proteção de acolchoado que evitem choques bruscos ao bater.
Evitar pequenos objetos de decoração, ou peças
baixas espalhadas pelo chão.Elas propiciam batidas e tropeços, provocando quedas e
fraturas.
Fazer exercícios físicos para fortalecimento da
musculatura responsável pela manutenção da posição em pé e pela marcha.
Procurar melhorar a destreza e o equilíbrio através
de exercícios.
Usar sempre que necessário bengalas e outras
proteções que facilitem a marcha, tornando-a mais segura.
Verificar com o médico a real
necessidade de continuar usando tranquilizantes, antidepressivos ou determinados tipos de
hipotensores, principalmente se a indicação partiu de leigos ou deve-se a uma iniciativa
que se deu por conta própria.
Medicamentos freqüentemente contribuem
para as quedas dos idosos.
Autoras: Prof. Claudia
Maria Oliveira Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais -
UFSC
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