A principal
fonte de cálcio na dieta é o leite e seus derivados contendo, preferencialmente, baixo
teor de gordura; entretanto alguns vegetais como espinafre, agrião, brócolis e
couve-manteiga são também ricos em cálcio. As necessidades diárias variam de acordo
com a faixa etária: na criança é de 800 mg/dia, no adolescente é de 1200 mg/dia; no
adulto, 800 mg/dia; na perimenopausa, 1000 mg/dia; na pós-menopausa, 1500 mg/dia; na
gravidez aumenta para cerca de 1500 mg/dia e na lactação aumenta para cerca de 1500 a
2000 mg/dia. Alimentos ricos em cálcio (Secretaria de Estado da Saúde, www.udenf.org):
|
Porção |
Conteúdo
(mg) |
Calorias |
|
Porção |
Conteúdo
(mg) |
Calorias |
Leite integral |
1 copo |
290 |
150 |
Abobrinha
(100g) |
4 colheres |
59 |
- |
Leite desnatado |
1 copo |
300 |
85 |
Agrião (30g) |
1 pires |
50 |
- |
Leite com pouca
lactose |
1 copo |
500 |
100 |
Couve-flor crua
(100g) |
4 colheres |
122 |
- |
Iogurte
desnatado |
1 copo |
250 |
150 |
Couve-flor
cozida (100) |
4 colheres |
22 |
- |
Iogurte natural |
1 copo |
336 |
- |
Couve-manteiga |
1 pires |
99 |
- |
Queijo de minas |
1 fatia |
137 |
- |
Brócolis cru
(100g) |
4 colheres |
400 |
- |
*Queijo
parmesão |
1 colher de sopa |
68 |
- |
Brócolis
cozido (100g) |
4 colheres |
130-136 |
40 |
Coalhada (40g) |
1/2 copo |
196 |
- |
Beterraba
(100g) |
4 colheres |
99 |
- |
Ricota |
120g |
330 |
190 |
Beterraba
folhas |
4 colheres |
114 |
- |
Cottage |
120g |
78 |
100 |
Soja |
1 xícara |
175 |
298 |
Creme de leite
(20g) |
1 colher sopa |
19 |
- |
Tofu |
120g |
150 |
85 |
Badejo
(peixe-100g) |
1 filé |
19 |
- |
Rabanete (100g) |
4 colheres |
138 |
- |
*Camarão (100g) |
4 colheres |
96-100 |
100 |
Quiabo (100g) |
4 colheres |
359 |
- |
Salmão |
100g |
160 |
120 |
Cenoura |
1 xícara |
50 |
50 |
*Marisco (100g) |
4 colheres |
80 |
- |
Gergilim
sementes |
100g |
417 |
- |
Merluza
(peixe-100g) |
1 filé médio |
190 |
- |
Girassol
sementes |
100g |
117 |
- |
*Sardinha em
conserva (100g) |
4 unidades |
375-402 |
175 |
Amêndoa |
100g |
497 |
- |
Siri, carne |
100g |
107 |
- |
Azeitona |
100g |
122 |
- |
Feijão branco
(100g) |
5 colheres |
476 |
- |
Orégano |
100g |
232 |
- |
Aveia
(flocos-40g) |
4 colheres |
156 |
- |
Hortelã |
100g |
138 |
- |
Legenda: * alimentos ricos em colestero
- dados não obtidos |
Uma boa alimentação é essencial para o
crescimento normal; uma dieta balanceada, com calorias adequadas e nutrientes apropriados
é necessária para o desenvolvimento de todos os tecidos, inclusive o ósseo; uma
alimentação equilibrada, contendo quantidade suficiente de cálcio, em associação com
outras medidas de prevenção, garante uma melhoria na qualidade de vida do paciente e é
um ponto chave no tratamento da osteoporose. A fonte de ingestão de cálcio deve, sempre
que possível, ser natural, em vez da forma de suplemento medicamentoso. Através da fonte
alimentar garante-se os outros elementos que auxiliam na absorção do cálcio e na
formação do tecido ósseo. Além do fato de que os alimentos que contêm cálcio são
também fontes excelentes de outros minerais e vitaminas (www.unimed.com.br). Saúde em Movimento.com.br
O médico também pode recomendar uma
suplementação de cálcio.
Os suplementos de cálcio mais comuns
são:
Sal de cálcio |
% cálcio elementar |
Carbonato de cálcio |
40% |
Fosfato de cálcio (tribásico) |
39% |
Fosfato de cálcio
(dibásico) |
30% |
Citrato de cálcio |
23% |
Lactato de cálcio |
13% |
Gluconato de cálcio |
10% |
Para que o cálcio seja absorvido
adequadamente, nosso organismo precisa de quantidades suficientes de vitamina D. A dose
diária recomendada para adultos é de 400 a 600IU. As principais fontes de vitamina D
são:
leite e produtos lácteos enriquecidos com vitamina D;
breve exposição diária ao sol;Saúde em Movimento.com.br
óleo de fígado de peixes diversos (e.g. bacalhau);
sardinha, arenque, salmão e atum;
Os alimentos que contêm cálcio também
são fontes de outros minerais e vitaminas. Vimos que o balanço do cálcio resulta da
quantidade que entra no organismo, através dos alimentos, e da quantidade que sai pela
urina. Se este balanço permanecer negativo por tempo prolongado, pode resultado em perda
significativa do esqueleto. Para evitarmos esse balanço negativo, devemos ingerir
quantidade suficiente de cálcio e ficar atentos a fatores que prejudicam a absorção de
cálcio pelo intestino. Esses fatores são: o envelhecimento, o aumento da quantidade de
fibras nos alimentos, a presença do ácido oxálico em hortaliças como espinafre, acelga
e beterraba, o ácido fítico presente na casca externa de grãos de cereais, como aveia,
níveis elevados de fósforo na dieta, quantidade diminuída de gorduras e vitamina D dos
alimentos.
O único fator alimentar que favorece a
perda de cálcio pela urina é a ingestão abusiva de proteína animal durante as
refeições. A adição de pequenas quantidades de proteína animal em alimentos de origem
vegetal pode melhorar em muito a sua qualidade protéica, como o espaguete com um molho
leve de carne, o parmesão ralado acompanhando o macarrão ou a polenta, ou ainda meio
copo de leite com o cereal no café da manhã.
A principal razão para o leite e seus
derivados serem considerados como boa fonte de cálcio se deve ao seu conteúdo de
lactase, gordura e vitamina D. Se você não gosta, ou tem dificuldade digestiva com o
leite, tente o iogurte ou o leite tratado com lactase. Nas hortaliças, como nos grãos, a
quantidade maior se encontra nos talos e nas cascas. Os peixes pequenos comidos com as
espinhas, como a sardinha e a manjubinha, também são muito ricos em cálcio.
A fonte de ingestão de cálcio deve,
sempre que possível, ser natural, em vez da forma de suplemento medicamentoso. Através
da fonte alimentar garante-se os outros elementos que auxiliam na absorção do cálcio e
na formação do tecido ósseo. Além do fato de que os alimentos que contêm cálcio são
também fontes excelentes de outros minerais e vitaminas.
Vários estudos epidemiológicos
desenvolveram uma clara correlação entre níveis de ingestão de cálcio e prevenção
de fraturas.
Conclui-se que o cálcio é importante terapia
adjuntiva, e quando não for possível a sua ingestão na alimentação, recomenda-se a
suplementação medicamentosa. Estudo demonstra que a solubilidade dos sais usados não
determina o grau de absorção. Esta, entretanto, é melhorada pela co-ingestão de
alimentos, o que torna prudente recomendar que a suplementação acompanhe as refeições.
Do ponto de vista prático, importa mais verificar a dose de cálcio elementar contida na
preparação a ser usada do que esta propriamente dita. As mais freqüentemente usadas
são o carbonato, citrato, citrato/malato de cálcio, e misturas de sais (Marinho, 1995).
Autoras: Prof. Claudia Maria Oliveira
Simões, Joseane Ganske de Carvalho e Marcília Baticy Monteiro Morais - UFSC
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