DEFINIÇÃO Distúrbio de movimento caracterizado pelo
aumento da atividade motora.
CAUSAS TÓXICAS
- Anfetaminas
- Agentes anticolinérgicos
- Antihistamínicos
- Cafeína
- Cocaína
- Carbamazepina
- Monóxido de Carbono
- Levodopa
- Litium
- Metilfenidato
- Nicotina
- Fenciclidina
- Fenitoína
- Antidepressivos tricíclicos
Mioclonias são também observadas como manifestações da
síndrome serotoninérgica, associada com fármacos que inibem a recaptação da
serotonina: inibidores da monoamino oxidase, inibidores seletivos da recaptação de
serotonina, litium, amitriptilina, petidina, dextrometorfan, anfetaminas, cocaína e
ácido lisérgico dietilamida (LSD).
CAUSAS NÃO TÓXICAS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Vários tipos de discinesias são descritos:
- Corea - movimentos abruptos irregulares e contínuos,
movimentos explosivos que passam de uma parte para outra do corpo em uma sequência ao
acaso.
- Mioclonias - espasmos musculares rápidos, sempre repetidos.
- Tremor - movimento rítmico sinusoidal.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL
- Abstinência ao álcool
- Estados de ansiedade
- Acidente vascular cerebral
- Parkinsonismo
- Pseudoconvulsões
- Tremores
- Hipertonia
- Abstinência aos sedativo- hipnóticos
- Convulsões
- Tiques
INVESTIGAÇÕES RELEVANTES
Usualmente, não são necessárias investigações
específicas para avaliar discinesias agudas tóxicas. Quando indicado, as seguintes podem
ser úteis:
- Investigação toxicológica
- EEG or TC de crânio (para excluir convulsões ou lesoes
orgânicas centrais)
TRATAMENTO
Não há tratamento específico para
discinesia tóxica. Em casos graves, sintomas podem ser atenuados com administração de
doses progressivas de diazepam oral ou endovenoso, cuidadosamente até obter efeito.
EVOLUÇÃO CLÍNICA E MONITORIZAÇÃO
Geralmente discinesias tóxicas agudas desaparecem
juntamente com as outras manifestações clínicas da intoxicação. O paciente deve ser
cuidadosamente observado durante este período.
COMPLICAÇÕES TARDIAS
Complicações tardias não são frequentes. Os pacientes
devem ser acompanhados para avaliação da interrupção do tratamento com qualquer
fármaco.
AUTORES / REVISORES
Autor: Robert Dowsett, Consultant
Toxicologist, Departments of Clinical Pharmacology and Emergency Medicine, Westmead
Hospital, Westmead, NSW 2145, Australia.
Revisores: London, 19.03.98: P. Dargan, T. Della Puppa, L. Murray, A. Nantel, M. Nicholls.
Tradutor: Dr Ligia Fruchtengarten, Março 99.
Fonte: IPCS INTOX
Obs.:
O tratamento proposto é apenas para fins didáticos, não se automedique, a
automedicação pode ser perigosa. Caso necessário procure um médico para maiores
informações, somente ele pode lhe prescrever alguma medicação. |