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Disfunção Erétil - Saiba mais sobre esse mal

O que é Disfunção Erétil?

Disfunção erétil (alteração no processo normal de ereção peniana), é hoje o termo considerado mais apropriado para o que antes chamávamos impotência sexual.

Disfunção erétil é a incapacidade persistente de se obter ou de manter a ereção peniana adequada para a penetração vaginal.

Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), sugerem que 30% da população economicamente ativa manifesta algum tipo de DE (Disfunção Erétil), o que no Brasil representa cerca de 11 a 15 milhões de homens.

Em São Paulo, um questionário distribuído durante a II Semana de Detecção do Câncer de Próstata, em 1999, revelou que 12% dos homens entre 41 e 50 anos, 18% entre 51 e 60 anos, 30% entre 61 e 70 anos e 52% com mais de 71 anos disseram estar insatisfeitos com sua ereção e desempenho sexual.

Entendendo a Disfunção Erétil

Para que possamos entender melhor a disfunção erétil, é importante que tenhamos algumas noções sobre a anatomia e o funcionamento do pênis.

O pênis é composto de duas estruturas cilíndricas chamadas de corpos cavernosos e um corpo esponjoso. O interior destes cilindros é semelhante a uma esponja e tem capacidade (espaço) para se encher ou esvaziar de sangue.

Em estado de flacidez, os corpos cavernosos estão quase vazios, já que recebem apenas um pequeno suprimento de sangue, suficiente para nutrir os tecidos penianos. Mediante um estímulo, por exemplo um estímulo sexual, o pênis recebe um aporte maior de sangue, enchendo os corpos esponjosos que se tornam túrgidos e o pênis então entra em ereção.

O terceiro cilindro é o corpo esponjoso, através do qual passa a uretra que é o canal que leva a urina da bexiga para o meio externo, porém não tem tanta importância para o mecanismo de ereção.

Causas

Vistos os mecanismos responsáveis pela ereção, podemos compreender que alterações físicas destes tecidos, ou doenças que alterem o funcionamento adequado destes mecanismos, podem ocasionar problemas no processo de ereção.

Por outro lado, alterações emocionais também influenciam no funcionamento destes mecanismos, donde podemos concluir que a disfunção erétil pode ser decorrente de causas orgânicas (alterações físicas), causas psicogênicas (alterações emocionais) ou mistas, onde fatores físicos e emocionais atuam conjuntamente.

A disfunção erétil de causa emocional é bastante frequente e uma série de fatores influenciam no seu aparecimento: desde características de personalidade, passando pelo stress, o trabalho, as circunstâncias em que se dão as relações sexuais, até transtornos relacionados à ansiedade, doenças depressivas e outros transtornos psiquiátricos.

A própria condição machista da sociedade ainda obriga o homem a ser uma "máquina na cama", criando muitas vezes uma situação de ansiedade que favorece o surgimento de dificuldades sexuais.

A disfunção erétil de causa orgânica, por sua vez, está associada a uma série de condições e doenças físicas como: doenças ou alterações vasculares, distúrbios neurológicos, doenças que causam alterações hormonais ou lesões orgânicas localizadas no próprio pênis (principalmente no corpo cavernoso).

Podemos citar alguns exemplos:

Doenças Arteriais: a doença arterial oclusiva por arteriosclerose ou trauma vascular pélvico diminui o suprimento de sangue para o pênis.

Neurogênicas: enfermidades ou condições que afetam o sistema nervoso, como alcoolismo, esclerose múltipla, e diabetes mellitus podem causar disfunção erétil. Além disso, lesões de medula espinhal, cirurgias e radioterapia pélvica destroem fibras nervosas, com prejuízo da ereção.

Doença Hormonal: patologias que levam ao hipoandrogenismo /diminuição da testosterona (o hormônio masculino): tumores, hiperprolactinemia, o uso de determinados medicamentos, alterações de hormônios tireoidianos .

Alteração Tecidual: a integridade dos corpos cavernosos é fundamental na ereção peniana. Alterações nos tecidos, como por exemplo nos idosos, lesões arteriais, trauma do pênis, priapismo (ereção patológica, prolongada e dolorosa), ou outras doenças do pênis podem alterar o tecido peniano levando à disfunção erétil.

Provocada por drogas: alguns fármacos podem ocasionar disfunção erétil. Os mais conhecidos são alguns hipotensores, ansiolíticos e a cimetidina.

Fatores de risco

Há fatores que são considerados fatores de risco para a disfunção erétil pois estão associados de alguma maneira com o aparecimento de disfunção erétil, direta ou indiretamente. Vejamos alguns destes fatores.

Diabetes mellitus

A incidência de disfunção erétil em pacientes diabéticos tem sido estimada entre 10 e 75%, sendo maior em diabéticos idosos.

O diabetes mellitus causa lesões vasculares (nos vasos) e neurológicas (lesões nos nervos, dentre eles aqueles que conduzem os estímulos para a ereção).

Como vimos, a ereção envolve mecanismos vasculares e neurológicos, por isso as lesões causadas pelo diabetes podem contribuir ou até ser causa exclusiva de DE.

Hipercolesterolemia

Níveis altos de colesterol e de triglicerídeos e baixas taxas de HDL (o "colesterol bom"), são frequentemente associadas ao desenvolvimento de DE.

A hipercolesterolemia gera a arteriosclerose, que ocasiona problemas nos vasos do coração (doença coronariana), do cérebro (AVC ou "derrame"), dos rins, e também dos vasos do pênis; provocando então problemas de ereção.

Doenças cardiovasculares

Infarto do miocárdio, cirurgia cardíaca, acidentes vasculares cerebrais derrames), doenças vasculares e hipertensão arterial, podem ocasionar DE.

Hipertensão Arterial

A hipertensão arterial por si só, pode levar à DE. Por outro lado, medicações utilizadas para tratá-la são conhecidos causadores de DE, como a alfametildopa, clonidina, reserpina, propanolol, e outros betabloqueadores, hidralazina e os diuréticos causam problemas sexuais que vão desde a diminuição da libido até a disfunção eretiva em porcentagens variáveis.

É possível que a normalização da pressão arterial leve a um hipofluxo genital funcional que poderia dificultar a ereção. Este fato explicaria porque inúmeras drogas anti-hipertensivas podem causar DE.

Tabagismo (fumo)

O tabagismo é uma causa frequente de DE. O fumo é um conhecido causador de arteriosclerose, causando lesão direta das artérias além de diminuição das taxas de HDL-C e vasoconstrição periférica.

Cirurgias

As cirurgias pélvicas radicais como cirurgias de bexiga, próstata e reto podem gerar lesões que alteram o funcionamento dos nervos que conduzem os estímulos para a ereção, e então figuram como fatores de risco para DE.

Medicamentos

Os medicamentos são responsáveis por cerca de 25% das DEs.

Além dos hipotensores, os agentes psicotrópicos - antipsicóticos, ansiolíticos, antidepressivos, causam distúrbios associados à libido, função erétil e ejaculação.

Medicamentos antiandrogênicos (que atuam contra determinados hormônios) como a ciproterona, flutamida, finasterida,também associam-se a DE.

Alcoolismo/drogas

O consumo excessivo de álcool, maconha e cocaína podem causar DE.

Doenças renais

Algumas doenças renais crônica, também aparecem como fator que pode se associar à DE.

Como Tratar

O arsenal terapêutico para tratamento da disfunção erétil aumentou consideravelmente nas duas últimas décadas.

A conscientização pública quanto às opções de tratamento também cresceu e o tratamento da disfunção erétil representa um segmento considerável da clínica urológica geral.

A possibilidade de tratamento da disfunção erétil com uma droga de fácil administração, baixo custo, eficaz e com mínimas reações adversas é o principal objetivo tanto dos pacientes quanto dos médicos.

Grande número de fármacos tem sido propostos ultimamente, alguns com resultados satisfatórios, outros não e alguns ainda em fase de pesquisa.

O arsenal terapêutico atualmente disponível para o tratamento da disfunção erétil compõe-se de uma diversidade de alternativas que incluem:

  • psicoterapia;
  • terapia comportamental;

Estas duas modalidades acima são aplicadas por profissionais especializados em tratamentos psicológicos como psiquiatras e psicólogos.

  • reposição hormonal (medicamentos compostos de hormônios);
  • drogas de uso intrauretral (aplicadas através da introdução de um dispositivo que ejeta a droga no terço distal da uretra, após a micção);
  • injeção intracavernosa (injeções aplicadas no pênis)
  • tratamento cirúrgico;
  • aparelho a vácuo;
  • próteses penianas;
  • tratamento por via oral.

Os medicamentos orais são atualmente o tratamento de escolha na maioria dos casos. Recentemente têm surgido novas alternativas para o tratamento da disfunção erétil através do uso de medicamentos utilizados por via oral.

Estes novos fármacos revolucionaram o tratamento da DE, pois são de fácil utilização, apresentam bons índices de eficácia e por se apresentarem em comprimido não tiram a espontaneidade das relações sexuais.

Apesar de apresentarem algunmas contra-indicações, têm uma tolerabilidade muito boa com baixo índice de efeitos colaterais.

É fundamental que diante de uma suspeita de disfunção erétil se consulte um médico, pois somente ele poderá diagnosticar a existência ou não de DE, e a condução do tratamento, escolhendo e sugerindo o melhor método ou medicamento para o tratamento de cada caso.

Data da Publicação: 15/02/2002

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