Reflexões sobre a Dor
A dor é, antes de mais nada, parte integrante do ciclo da vida: gestação, nascimento e
morte. É responsável por desencadear eventos para a defesa da vida do indivíduo,
exercendo função protetora, e perpetuando a espécie humana. Ao mesmo tempo, pode ser
causa de sofrimento extremo a um, ou mesmo a um grupo de indivíduos, que interage de
forma direta ou indireta, com o indivíduo sofredor.
Há diferentes enfoques relacionados a
terapêutica da dor, e o primeiro limite a ser estabelecido é o que diferencia dor aguda
de dor crônica. Mas, antes de tudo, o que consideramos dor?
A IASP (International
Association for the Study of Pain) define a dor como uma "experiência sensorial
e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos
de tal dano", demonstrando que a dor sempre apresenta um componente subjetivo.
Dor como sintoma, normalmente, DOR é conseqüência de algum distúrbio em algum
órgão ou sistema do nosso organismo, sendo quase sempre possível estabelecer uma
correlação entre eles. Múltiplas causas podem dar origem à DOR, como por exemplo
ferimentos, queimaduras, fraturas, inflamações, distensão ou estreitamento de
vísceras ôcas, ou alteração de função de um órgão, da circulação sangüínea, e
tantas outras mais.
Então, a dor é uma sensação, e a reação a esta sensação. Mas a dor gera
sofrimento. E o que consideramos sofrimento? Consideramos sofrimento a um conceito mais
global, um sentimento negativo que prejudica a qualidade de vida do sofredor.
Fonte: Fundação Antonio Prudente, Centro de Tratamento e Pesquisa do Hospital do Câncer
e Dr. Heinz Konrad
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