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Estudo da Unifesp mostra que Psicoterapia melhora até 80% dos sintomas do estresse pós-traumático.

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Pesquisa realizada pela psicóloga Rosaly Braga Campanini, do PROVE (Programa de Atendimento e Pesquisa em Violência), da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), mostrou que pacientes que utilizaram a psicoterapia interpessoal de grupo para o tratamento do Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) apresentaram uma melhora significativa de 50% nos sintomas como depressão e ansiedade e 80% de melhora nas questões de qualidade de vida e ajustamento social. 

De acordo com o estudo, que utilizou uma escala internacional que vai de 0 a 136 pontos, a média inicial dos sintomas nos pacientes de TEPT era de 72,3 (severo). Ao final do tratamento, a média caiu para 36,5 (leve). “A tendência é que com a psicoterapia o paciente tenha uma recuperação total em até 6 meses após o tratamento”, afirma a pesquisadora.

O estudo foi realizado no PROVE/UNIFESP no período de 2005 a 2008. Participaram da pesquisa 40 pacientes adultos (homens e mulheres). Estes receberam intervenção com psicoterapia de grupo de 6 a 8 pessoas, por 16 semanas, sendo por 1h30 por semana. Todos os pacientes eram crônicos e a média de tempo em que o evento havia ocorrido era de 2,5 anos.

Os eventos violentos sofridos foram:

23 (57,5%) assalto e/ou seqüestro relâmpago com violência e risco de vida
03 (7,5%) abuso sexual
12 (30%) viu a perda de familiar vítima de homicídio
02 (5%) sequestro com cativeiro

Todos os pacientes se encontravam em tratamento clínico no ambulatório, com medicação há mais de oito meses. Os casos não apresentavam melhora e seus próprios médicos encaminhavam para a psicoterapia. Além das entrevistas com os pacientes, foram utilizados instrumentos a constatação do TEPT e sua gravidade antes do início da psicoterapia e após o termino do tratamento. Os instrumentos avaliam os índices de depressão, ansiedade, qualidade de vida e ajustamento social.

A Psicoterapia Interpessoal

A Psicoterapia Interpessoal é uma terapia breve e focal. Foi desenvolvida por Gerald Klerman (1984) e utilizada, inicialmente, no tratamento de depressão e adaptada posteriormente para uma série de outros transtornos, como transtorno bipolar, transtorno alimentar, TEPT e etc. Ela tem como premissa que a doença sempre ocorre num contexto social e interpessoal que influencia o seu início e a resposta ao tratamento. Vem sendo largamente utilizada nos EUA, Canadá, Europa. No Brasil é utilizada desde 2003 e foi introduzida em estudos na UNIFESP pelo o professor Marcelo Feijó, diretor do PROVE. Recente ensaio clinico aberto [Robertson et al 2007] destacou a Terapia Interpessoal (TIP) como um tratamento muito eficaz para melhora dos sintomas de esquiva e conseqüentemente do funcionamento social e interpessoal.

Sobre o TEPT

A violência e os eventos traumáticos já fazem parte do nosso cotidiano. A violência urbana é um fenômeno nacional e vêm aumentando nas estatísticas criminais. No período entre 1980 e 2000 quase 600.000 pessoas foram vitimas de homicídios, dois terços delas na última década. Desde 2000 a taxa de homicídios é a principal causa de morte violenta no Brasil. Dentre os principais indicadores de mortalidade por causas externas, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde de 2008, estão à violência no trânsito e os homicídios, sendo os jovens do sexo masculino (15 – 24 anos) os maiores alvos da violência urbana. Vítimas de assaltos, seqüestros, estupros, agressões, violências familiares, dentre outros, complementam as estatísticas dos eventos traumáticos violentos. As cicatrizes invisíveis que a violência deixa nas pessoas, estão associadas ao aumento da morbidade física e mental da população.
O impacto da violência na saúde mental pode levar ao desencadeamento de quadros como o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), associado à quadros de depressão, ansiedade e ao abuso de substâncias numa porcentagem das vítimas que sofrem situações de violência.
 
Fonte: Assessoria de Comunicação da Unifesp

 

 

Data da Publicação: 17/06/2009

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