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Laser trata obstrução de bexiga em fetos.

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Na Clinica Obstétrica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), uma nova técnica de citoscopia fetal, que utiliza terapia a laser para realizar a desobstrução, vem sendo aplicada no diagnóstico e tratamento de casos graves de feto com obstrução na bexiga. O método é minimamente invasivo, evitando os riscos das cirurgias feitas com a abertura da barriga da mãe e do feto. Os instrumentos utilizados no tratamento foram desenvolvidos pelo médico obstetra Rodrigo Ruano, pesquisador no HC.

A obstrução da bexiga ocorre aproximadamente em cada 2 mil nascidos vivos.“Em casos mais graves, a obstrução acontece por não formação do canal da uretra (atresia de uretra) ou pela existência de uma membrana conhecida como válvula de uretra posterior”, afirma Ruano, que também é professor da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). “Como a urina não pode sair, a função renal do feto é comprometida, ao mesmo tempo em que acontece a carência de líquido amniótico, o que prejudica o desenvolvimento dos pulmões.
 
O objetivo do médico era criar uma técnica com função diagnóstica e terapêutica. Os casos mais graves são identificados por ultra-som convencional, no pré-natal, entre 12 e 20 semanas de gestação. Para identificar o tipo de obstrução, Ruano utilizou uma agulha de 2,2 milímetros. “Guiada por ultra-som, ela atravessa a barriga da mãe, o útero e a barriga do feto, entrando na bexiga e fazendo a identificação do problema por meio de endoscopia”, conta.
 
Quando é identificada válvula de uretra posterior, um laser é introduzido na agulha para fazer a remoção da membrana. “O procedimento é feito em casos de obstrução completa, ausência de líquido amniótico e função renal razoavelmente preservada, até a vigésima sexta semana de gestação”, descreve o obstetra. Para os casos de obstrução por não formação do canal da uretra, que representam cerca de 30% a 40% das ocorrências mais graves, não há tratamento ainda.
 
Resultados

Desde que a técnica começou a ser utilizada no HC, em meados de 2006, foram identificados dez casos graves de fetos com obstrução da bexiga com a nova técnica. Seis deles apresentavam válvula de uretra posterior, passível de tratamento, sendo que quatro sobreviveram. “São resultados promissores”, ressalta o médico. “A técnica já é adotada em alguns centros médicos dos Estados e Unidos e Inglaterra, e começa a ser introduzida no Brasil”.
 
De acordo com Ruano, os riscos para a mãe durante a citoscopia são mínimos. “Não é uma cirurgia de barriga aberta, como acontece em procedimentos semelhantes nos Estados Unidos”, explica. “A agulha é introduzida através de punção, um método minimamente invasivo para a paciente”
 
Em relação ao feto, a técnica reduz as possibilidades de sangramento da placenta, de prematuridade e de ruptura prematura das membranas ovulares. “A obstrução da bexiga é identificada com um ultra-som morfológico de rotina, durante o pré-natal da paciente”, aponta Ruano. “A citoscopia pode ser feita em centros especializados, com todos os cuidados de assepsia necessários”.
 
As agulhas utilizadas na citoscopia fetal, por onde são introduzidos o endoscópio e o laser, foram desenvolvidas pelo próprio médico. Os instrumentos tiveram sua patente registrada por meio da Agência USP de Inovação.

Texto: Júlio Bernardes
Fonte: Agência USP

Data da Publicação: 05/03/2009

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