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Dispositivo aumenta segurança na inserção de implantes dentários.

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Com o intuito de oferecer mais segurança durante cirurgias odontológicas, cientistas da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB) da USP desenvolveram um guia para orientar as radiografias e inserções de mini-implantes ortodônticos. Seu alto grau de precisão permite uma inserção segura dos mini-implantes entre as raízes dos dentes, evitando acidentes e complicações. Os resultados do estudo beneficiam diretamente os pacientes.

A pesquisa clínica intitulada Avaliação da Precisão de um Guia Radiográfico-Cirúrgico para Inserção de Mini-implantes foi coordenada pelo professor Sérgio Estelita Cavalcante Barros, sob a orientação do professor Guilherme Janson, ambos do Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva da FOB.

Barros explica que o mini-implante é um parafuso de titânio que, inserido no osso, serve para ancorar as forças ortodônticas e mover os dentes. “Quando fazemos uma extração dentária, fica um espaço que deve ser fechado. Nós apoiamos elásticos ou molas nos mini-implantes para movimentar os dentes em direção a esse espaço, fechando-o de maneira mais controlada e eficiente, este é um exemplo da aplicação clínica dos mini-implantes” explica Barros.

Porém, o mini-implante pode se perder facilmente caso seja inserido muito próximo ou em contato com a raiz do dente. Nesses casos, o implante pode se soltar depois de 15 ou 20 dias da inserção, sendo necessário retirá-lo e esperar a cicatrização para colocar um novo no mesmo local. O dispositivo proposto serve para guiar a inserção do mini-implante exatamente entre as raízes, que são muito próximas uma das outras. Assim, diminuem-se os riscos de uma lesão radicular (na raiz) e de perda do mini-implante.

Kelly Fernanda Galvão Chiqueto, pesquisadora que também participou do estudo, explica que o guia foi criado porque, nos últimos anos, os mini-implantes são muito usados na ortodontia e os riscos inerentes ao seu uso precisam ser melhor considerados. "Alguns profissionais têm trabalhado sem parâmetros clínicos, sem nenhum guia. Esta conduta é muito arriscada e aumenta muito a chance de o profissional acertar uma raiz, como de fato tem sido relatado. Por isso, o guia é importante".

Barros conta que “antes do guia fixava-se apenas um fio de metal sobre a gengiva e tirava-se uma radiografia para definir o local da inserção. Percebemos que era um método muito empírico e pouco preciso, que trazia muitos riscos ao paciente”. Caso o tubo do aparelho de raios-X fosse posicionado num ângulo inadequado, poderiam acontecer projeções oblíquas e incorretas da imagem radiográfica. “O fio de metal não padronizava as imagens dos raios-X, então as projeções poderiam ser irreais e acabarem enganando o cirurgião”, diz o pesquisador.

Funcionamento

O primeiro passo é fazer uma radiografia que tem os raios-X direcionado pelo guia. Em seguida o profissional se orienta pela imagem radiográfica para escolher a região correta onde será inserido o mini-implante. Para guiar a cirurgia de inserção, o dispositivo utiliza o mesmo direcionamento que foi usado para os raios-X.

A ideia era fazer o mini-implante entrar na mesma trajetória em que o raio-X havia passado. Se, no momento da inserção, eu conseguisse copiar essa trajetória, eu teria um melhor controle sobre o posicionamento final do mini-implante no osso e, consequentemente, uma maior segurança na hora da cirurgia” diz Barros. O dispositivo copia a trajetória dos raios-X para usar na hora da cirurgia, padronizando as direções, coisa que o antigo artefato metálico não fazia.

Inovação premiada

O Guia Radiográfico-Cirúrgico valeu ao professor o Prêmio Brasil de Implantodontia com a apresentação do trabalho no Congresso de Implantodontia promovido pela revista científica ImplantNews.

O prêmio foi devido ao caráter inovador do dispositivo, que vem beneficiar diversas especialidades, como a Ortodontia, a Implantodontia e a Cirurgia. "Eu apliquei a tecnologia aos mini-implantes ortodônticos, que são temporários. O paciente usa para a resolução de um problema e depois ele é retirado", diz o pesquisador. Contudo, o princípio do guia pode ser utilizado para os implantes dentários, desde que haja uma adequação da técnica.

Fonte: Agência USP

Data da Publicação: 19/02/2009

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