Uma escolha mal feita pode acarretar sérios problemas à
saúde, para não falar do prejuízo financeiro.
A figura do personal trainer tem se popularizado nos
últimos anos. Hoje em dia é possível contratar profissionais de alto nível por
preços acessíveis. Inicialmente eram contratados por atletas, celebridades ou
executivos que não podiam perder tempo freqüentando academias e, ainda, zelavam
pela privacidade total..
Mas os professores de educação física viram nesse mercado uma
forma de ganhar autonomia e dinheiro. Só que outros, sem qualificação
necessária, perceberam a oportunidade e passaram a oferecer o mesmo serviço.
Por isso, antes de contratar o seu personal trainer,
certifique-se de que ele tem formação universitária em educação física, cursos
de especialização e verifique suas referências.
O Procom recomenda colher informações no Conselho Federal de
Educação Física, na Associação Brasileira de Personal Trainer, revistas
especializadas, academias conceituadas e clínicas medicas.
Feita a avaliação prévia e escolhido o professor, faça um
contrato de prestação de serviços, regido pelo Código de Defesa do Consumidor. O
documento deve Ter dados pessoais do cliente e do professor (nome, endereço,
telefone, CPF, RG), preços, forma de pagamento e reajuste, periodicidade,
horários, reposição de aulas, prazo (com data de início e término) e condições
para rompimento do contrato.
"Não se trata de burocratizar, mas o contrato é importante
para resguardar responsabilidades", afirma o advogado Gustavo Coelho de Almeida.
Guilherme Coelho de Almeida, seu irmão e advogado, concorda: "se houver algum
problema de saúde decorrente de exercícios mal direcionados, com o contrato ele
prova a relação de consumo e o professor pode ser responsabilizado, indenizando
o cliente pelo mal causado."
Gustavo lembra que, para ter direito à indenização, basta
demonstrar o nexo de causalidade entre o agente, o evento e o dano. Caberá ao
professor, segundo o advogado, provar que não causou nenhum mal.
Quando do pagamento, é importante também fazer um recibo,
assinado pelo personal trainer. Nas papelarias há formulários já prontos.
Como muitos profissionais funcionam só com contrato verbal, o
Procom recomenda que sejam guardados folhetos com informações ou material de
divulgação para, havendo algum problema, ter respaldo jurídico. Todos os
comprovantes de pagamento devem ser guardados.
Os danos mais comuns à saúde, causados por exercícios mal
executados ou excesso de exercícios, são as lesões musculares e nas
articulações, além de problemas posturais. Outro problema decorrente da
contratação de um mau professor é não conseguir alcançar o resultado esperado. O
cliente paga, mas não tem benefícios.
Cabe ainda ao personal trainer, indicar e orientar os
equipamentos, calçados e vestuário, adequados à prática esportiva adotada.
Sendo assim, aqui vão algumas sugestões que devem ser
lembradas por ambos, cliente e personal:
O trabalho do personal trainer pode ser direcionado para
clientes com bom condicionamento físico, atletas, sedentários, obesos,
portadores de problemas físicos, posturais ou cardiovasculares.
O trabalho é individual. Os exercícios devem visar necessidades
específicas de cada um. Não tente copiar o treinamento de outras pessoas.
Tenha seu (s) objetivo(s) bem definido (s).
Nenhum profissional capacitado promete resultados espetaculares a
curto prazo, nem traça objetivos impossíveis de serem atingidos. Nesses casos, a
motivação e a expectativa inicial rapidamente se transformam em frustração e
desconfiança.
Os honorários são cobrados por hora, semanal ou mensal. Mas ainda não
há uma tabela fixa de preços para esses profissionais.
É necessário uma avaliação física antes de iniciar qualquer tipo de
atividade.
Quando preencher qualquer ficha informando sobre sua saúde, não
esqueça: sinceridade em primeiro lugar!
Siga corretamente as orientações de seu personal trainer na
hora de fazer os exercícios.
A diferença entre o personal trainer e o instrutor de academias é o
numero de informações e dados que o primeiro dispõe a seu respeito.
O trabalho de um personal trainer é multidisciplinar. Ele age
em conjunto com seu médico, nutricionista, psicólogo e outros.
A pratica do personal training não exige lugar específico.
Observe se o personal é um ouvinte atento para seus problemas e se
ele tem boa capacidade de comunicação. O mais interessante nesse tipo de
treinamento é o relacionamento pessoal que estabelece entre o cliente e
profissional.
A carga de trabalho deverá ser aumentada gradativamente e de forma
específica, criando condições para que se notem os efeitos do exercício.
A freqüência ideal varia de três a cinco vezes por semana. Em caso de
indisponibilidade, pode-se optar por uma atividade moderada que complemente o
trabalho. Outra saída é o treinamento prescrito. Isto é, o aluno faz uma ou duas
aulas por semana e no restante exercita-se sozinho. Claro que isto vai depender
do nível (iniciante, intermediário, avançado) em que o aluno se encontra. Para
iniciantes não é muito aconselhável.
A ansiedade excessiva pode acabar prejudicando um bom treinamento.
Então lembre-se, quando o cliente optar por um trabalho
diferenciado e individualizado, certifique através de uma anamenese, exames e
avaliações, que tipo de cliente ele é:
Aparentemente saudável, sem fator de risco cardiovascular;
Aparentemente saudável, com fator de risco cardiovascular;
Portadores de doença cardiovascular.
Para que você possa fazer um planejamento do condicionamento físico com
segurança e respaldo jurídico. Ficando atento a esses detalhes, você será um
personal trainer de sucesso . Não esqueça acredite sempre em você e no seu
trabalho.
Fonte:
Personal Training